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JBS: oferta de ações poderá ser reduzida pela metade

A JBS ainda não divulgou o cronograma de início de sua oferta de ações, mas a operação já provoca preocupação no mercado. O jornal Valor Econômico apurou que os bancos estão com dificuldades de encontrar investidores interessados na operação, que prevê captação acima de R$ 3 bilhões. As possibilidades de cancelar a oferta ou até mesmo de reduzi-la pela metade estão sendo analisadas.

A JBS ainda não divulgou o cronograma de início de sua oferta de ações, mas a operação já provoca preocupação no mercado. O jornal Valor Econômico apurou que os bancos estão com dificuldades de encontrar investidores interessados na operação, que prevê captação acima de R$ 3 bilhões. As possibilidades de cancelar a oferta ou até mesmo de reduzi-la pela metade estão sendo analisadas.

A empresa do setor de alimentos planeja lançar até 400 milhões de novas ações, valor máximo para que a holding FB Participações mantenha o controle da companhia, apesar de ver sua fatia diluída dos atuais 59% para 51%.

Em outras operações da JBS, o BNDES abraçou papel importante na capitalização da empresa, tanto que, neste momento, atingiu seu limite de participação. O banco tem 18,46% da companhia diretamente. E também possui 45% do fundo de participações PROT, que detém 8,67% dos papéis da JBS. Como outros 59% estão com FB, de fato circulam no mercado cerca de 12% das ações.

No dia em que a empresa registrou a oferta, a captação somaria perto de R$ 4 bilhões. Pelo fechamento de ontem (29) do papel, cairia para R$ 3,15 bilhões.

A ação da JBS recuou 22%, desde o início de março, quando o Valor relatou que a empresa havia admitido a investidores que poderia fazer a captação no Brasil, até o fechamento da sexta-feira, mínima do período. Ontem, o papel chegou a cair 2% durante o pregão, mas fechou com alta de 4,26%, a R$ 7,82 – em 24 de março, a JBS contratou um formador de mercado. A cotação, na casa dos R$ 7, está no menor patamar em seis meses e voltou a ficar abaixo do valor fixado na oferta inicial, em 2007, de R$ 8.

Diante da desvalorização, afirma um especialista, faz todo o sentido reduzir ou até mesmo cancelar a oferta, alegando as condições adversas de mercado. Mas há informações de que os bancos coordenadores, que são liderados pelo BTG Pactual, estão à procura de um investidor que seja uma espécie de âncora para a operação e fique com boa parte dela, substituindo assim o peso que o BNDES teve em outras captações da companhia.

As vendas na bolsa teriam sido detonadas por um fundo internacional que mantém fatia considerável em papéis da companhia e decidiu reduzir a posição. O investidor estaria desgostoso com alguns pontos da operação e da administração da companhia. Uma razão seria o fato de inicialmente o JBS ter afirmado que a oferta compreenderia uma parte secundária, em que o dinheiro iria para um ou mais integrantes das famílias Batista (JBS) ou Bertin, que dividem o comando da FB. A empresa já teria desistido dessa colocação.

Também causam descontentamento no mercado negócios que têm sido realizados pelo banco JBS, criado há pouco mais de um ano e que é da família Batista, com a empresa. O banco estaria descontando recebíveis dos fornecedores do JBS, antecipando os recursos com desconto maior do que as taxas de mercado. Os ganhos da instituição com essas operações, que fazem uso da base de clientes do JBS, vão para a família, uma vez que o banco é dos Batista e está dissociado da empresa. O Concórdia, que era o banco da Sadia, também fazia este tipo de operação, mas estava dentro da empresa.

Além dos recursos em si, que deverão ser usados para aumentar a distribuição direta da empresa no Brasil e nos Estados Unidos, a JBS precisa aumentar seu capital porque seu nível de endividamento atinge níveis pouco confortáveis. Avaliada em R$ 18 bilhões, ela tinha dívida líquida de R$ 9,5 bilhões ao fim de 2009.

A matéria é de Ana Paula Ragazzi, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Darci Júnior disse:

    hahahahahaha…..quem nao sabia dessa ???? o din levantado das operaçoes vao para a familia batista…rsrsrs e agora vao servir para alimentar a campanha do MEGA EMPRESARIO Sr “JBNDS”…..e vamu k vamu !!!

  2. Alex Alencar de Oliveira disse:

    Devem existir matérias desse tipo para prevenir os investidores e clientes das empresas que atuam no ramo. Isso evitaria calotes como os que já existem no mercado nacional.

  3. Gervasio Costa disse:

    Logo logo o bndes, e o governo federal, vão ser tornar dono do jbs no brasil, é uma vergonha dar tanto dinheiro assim para uma única empresa, se o negocio é tão bom, maravilhoso ser o maior do mundo, por que não dá dinheiro, se dá? para que vender a empresa aos poucos como esta fazendo?????????????????

    os gigantes frigorificos do pais assaltam credores sem armas, apenas com performa-se financeira e balanços,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,vender ações é a ultima maneira de captar dinheiro para eles, pois os bancos ja não colucam mais um cruzeiro (real) neles.

  4. francisco dos santos disse:

    parabenizo o sr GERVASIO COSTA DE SAO PAULO-SP, pelos seus comentarios a respeito do verdadeiro ASSALTO que as grandes unidades frigorificas deste PAIS praticam em nosso BNDS que muito mal administrado brincao com o patrimonio e o dinheiro publico, jogando pela janela da corrupçao o suor e as lagrimas de varios cidadoes de bem deste PAÍS. FICA AQUI MAIS UMA VEZ MEUS PESAMES E MEU GRITO A ESSA MALDITA GESTAO DO BNDS.

  5. Armando Gomes de Almeida disse:

    não a disponibilidade de verbas do BNDS para os produtores e pecuarista, mas para esses conhecidos frigorifios emprestimos não faltam, justamente para acabar com os pequeno frigorificos e aí não haverá concorrencia , estarão a vontade, e ferro nos produtores, que fica sem opção de venda, isto tudo pela administração do própio BNDS – governo- abraços

    armando

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