Atacado – 20/10/08
20 de outubro de 2008
Mercados Futuros – 21/10/08
22 de outubro de 2008

JBS: justiça americana bloqueia compra do National Beef

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos tenta bloquear a compra do frigorífico National Beef pelo brasileiro JBS/Friboi. Segundo o órgão norte-americano, o negócio de US$ 560 milhões, anunciado em março, violaria as leis antitruste do país e levaria a uma concentração do mercado de carnes.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos tenta bloquear a compra do frigorífico National Beef pelo brasileiro JBS/Friboi. Segundo o órgão norte-americano, o negócio de US$ 560 milhões, anunciado em março, violaria as leis antitruste do país e levaria a uma concentração do mercado de carnes.

“A união do JBS com o National Beef levaria varejistas, empresas de serviços de alimentação e, conseqüentemente, os consumidores americanos a pagar mais pela carne bovina”, disse Thomas Barnett, procurador na divisão antitruste do Departamento de Justiça. Ressaltando que o negócio colocaria mais de 80% do mercado americano de carnes nas mãos de apenas três companhias – JBS/Friboi, Tyson Foods e Cargill.

Em março deste ano, o JBS/Friboi anunciou também a compra do Smithfield, quinto maior produtor de carne dos EUA, por US$ 565 milhões, mas o Departamento de Justiça afirmou que não vai colocar esse acordo em xeque.
O JBS ainda não se pronunciou a respeito da decisão, já a National Beef afirmou, em comunicado, que vai lutar contra a decisão da Justiça americana. “Essa transação vai trazer um valor tremendo para nossos clientes e outros acionistas por meio da economia de custos”, afirmou John R. Miller, diretor-executivo do National Beef.

O processo na Justiça americana, no entanto, teve reflexo positivo no valor das ações do JBS/Friboi na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis tiveram alta de 10,71% e fecharam o dia valendo R$ 3,10.

Segundo o analista José Vicente Ferraz, da Agra FNP Consultoria, o bloqueio foi percebido de modo positivo pelo mercado. “Evidentemente, eles querem crescer no mercado americano. Mas, em tempos de crise e retração do consumo, a não aprovação do negócio pode até ser vista como uma boa notícia”, avalia Ferraz. Segundo ele, seria pior para a companhia não conseguir financiamento para efetivar a compra.

A matéria é de Andrea Vialli, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Wesley Richard Soler disse:

    É importamte para todo o mercado nacional de carne bovina notar como os frigoríficos brasileiros têm buscado o crescimento no mercado internacional, isso reforça o posicionamento do Brasil como potencia mundial na produção de carne bovina, entretanto esses indicadores não podem servir como fator de acomodação para os produtores brasileiros, uma vez que a busca intensiva por qualidade e genética apurada é o que proporciona toda a competitividade do nosso setor.

    Portanto é imperativo que os produtores busquem cada vez mais a melhoria dos seus planteis por meio da aquisição de matrizes e reprodutores testados, com isso poderemos reduzir os custos e ter “maquinas de produzir carne” (animais) cada vez mais eficientes em termos de conversão de alimento em carne.

    Dessa forma nosso boi de capim cada vez mais estará presente no mercado mundial, e dessa forma a consolidação da pecuaria brasileira no cenário global será efetiva e duradoura.

plugins premium WordPress