A JBS vai inaugurar amanhã seu primeiro frigorífico construído do zero. A unidade de abate de bovinos, que recebeu investimentos de US$ 80 milhões (cerca de R$ 260 milhões), está localizada no Departamento de Concepción, no Paraguai. A inauguração deve alçar a JBS à posição de maior companhia de carne bovina naquele país.
No Paraguai, a JBS já tinha duas unidades que, juntas, têm capacidade para abater 1,6 mil cabeças de gado bovino por dia. Com a nova fábrica, que fica no distrito de Belén, a capacidade de abate da empresa no país crescerá 75%.
O frigorífico recém-construído pela JBS pode abater 1,2 mil cabeças de bovinos em apenas um turno. O foco das operações da empresa no Paraguai é o mercado externo. Do total produzido, mais de 80% é exportado, sobretudo para Chile, Rússia, Israel e Brasil.
O investimento fará a JBS ultrapassar a capacidade das então líderes, a paraguaia Concepción e a brasileira Minerva Foods, que é capaz de abater 2,3 mil bovinos por dia em três frigoríficos no Paraguai.
Para o presidente da JBS no Paraguai, Felipe Azarias, o crescimento da pecuária no Paraguai justifica o investimento. “O país apresenta a maior taxa de crescimento do rebanho no Mercosul”, afirmou. De acordo com o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai, o rebanho bovino somava pouco mais de 14 milhões de cabeças em 2015. Nos últimos cinco anos, o rebanho paraguaio cresceu 15%, disse.
A escolha pela construção da unidade em detrimento de uma aquisição não se deve à ausência de alvos. “Poderia até existir”, disse. O que pesou na escolha foi a localização da nova unidade. “É estratégica. Em um raio de 200 quilômetros, temos acesso a 70% do rebanho do Paraguai”.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.