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JBS e Minerva arrematam unidades de abate do Frigorífico Kaiowa

Em leilão judicial realizado na semana passada, JBS e Minerva Foods arremataram unidades de abate de bovinos da massa falida do frigorífico Kaiowa, um dos mais importantes do país na década de 1980.

A JBS arrematou uma planta localizada em Anastácio (MS), por R$ 24 milhões. Já a Minerva venceu o leilão para adquirir a unidade de Janaúba (MG), por R$ 40 milhões.

Como as propostas de JBS e Minerva ficaram abaixo do valor de avaliação determinado no edital divulgado pela 16ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, as propostas tiveram que passar pelo crivo da Justiça. Ontem mesmo, a juíza Jacira Jacinto da Silva homologou a proposta da Minerva, segundo um fonte a par do tema. A oferta da JBS ainda deve ser apreciada.

Pelos termos do leilão, o frigorífico de Janaúba estava avaliado em R$ 43,169 milhões. Desse modo, a Minerva conseguiu um deságio de 7,35%. A JBS conseguiu um desconto ainda maior, de 15,09%. No edital, a unidade de abate de Anastácio foi avaliada em R$ 28,263 milhões.

No leilão, a JBS foi representada pelo presidente de sua divisão de carnes no Brasil, Renato Costa. O executivo da empresa afirmou que a unidade sul-mato-grossense arrematada pela JBS tem capacidade para abater cerca de 700 cabeças de bovinos por dia, considerado de médio porte.

No caso da frigorífico adquirido pela Minerva, a capacidade de abate é de 800 cabeças, segundo fonte que conhece os ativos. No entanto, uma proposta de arrendamento feita pela própria Minerva junto à Justiça dizia que a planta de Janaúba tinha capacidade de abate de 450 cabeças.

No mesmo documento, a Minerva informava que teria de investir R$ 5 milhões para elevar a capacidade para 800 cabeças de gado por dia, além das gastos com manutenção de equipamentos para retomar as operações da unidade, que está parada pelo menos desde 2010.

Há, ainda, um grupo de ativos que sequer recebeu propostas no leilão. Entre eles, estão uma unidade de abate de bovinos em Presidente Venceslau (SP), avaliada em R$ 51,5 milhões, e uma fábrica de charque no mesmo município, avaliada em R$ 624,3 mil. Também ficou sem propostas a unidade de Guarulhos, avaliada em R$ 34,2 milhões. De acordo com fontes, os ativos que não receberam propostas devem ser leiloados pela Justiça novamente, numa data ainda não definida.

O processo de falência do Kaiowa começou no ano de 1990.

Veja notícia relacionada:

Leilão do frigorífico Kaiowa atrai interesse da Minerva e JBS

Fonte: Minerva e Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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