O diretor da JBS, Wesley Batista, descartou momentaneamente novos investimentos na indústria frigorífica uruguaia. No Uruguai, o grupo JBS opera, há vários anos, o Frigorífico Canelones, onde aproveita a operação para entrar em mercados como Estados Unidos, Canadá, México, União Europeia (UE) e China, mercados que estiveram fechados para a carne brasileira por um bom tempo.
“No momento, vamos manter o que temos no Uruguai. Estamos bem, como competitivos e estamos bastante contentes com o que temos”, disse Batista ao El País após participar do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura em São Paulo, organizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Batista disse que no Uruguai a empresa tem uma “operação competitiva e rentável”, de forma que pretende que continue assim e melhore. “Nos últimos anos, nosso negócio no Frigorífico Canelores está cada dia mais competitivo”.
Ele citou uma certa preocupação com a falta de gado gordo devido à crise climática que vivem alguns departamentos do Uruguai e ao aumento de preços do gado devido à falta de oferta gerada nesses meses de entressafra. “A falta de gado e os preços altos dos animais também estão ocorrendo em outros países, não é somente um problema do Uruguai”.
Apesar de os fortes investimentos estarem no Brasil – o que Batista disse que deverá continuar assim – a JBS está construindo uma planta frigorífica no Paraguai para potencializar o crescimento da pecuária de corte desse país.
“Nos últimos três anos, fizemos muitos investimentos fortes, mas cremos na competitividade do Brasil e, pesar dos problemas conjunturais, vamos continuar investindo”.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.