A JBS informou em nota que o pagamento mensal a fiscais agropecuários delatado pelo empresário Wesley Batista não afetou a qualidade dos produtos da companhia.
O presidente da JBS relatou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que a companhia pagava um “mensalinho” de até R$ 20 mil para que os fiscais trabalhassem além do horário comercial padrão e flexibilizassem a aplicação de algumas regras sanitárias.
A lista dos fiscais que receberão recursos será enviada pela JBS à PGR em até 60 dias. Mais de 200 fiscais teriam recebido o “mensalinho”. Em nota, a JBS informou hoje que “as informações [da lista] ainda são sigilosas e os esclarecimentos estão sendo prestados diretamente à PGR”.
Abaixo, a nota da JBS na íntegra:
“Os pagamentos realizados a auditores fiscais agropecuários informados no âmbito da colaboração de Wesley Batista em depoimento à Procuradoria-Geral da República não têm qualquer relação com a qualidade dos produtos da empresa, cujos processos produtivos seguem padrões e normas internacionais.
O depoimento de Wesley Batista deixa claro, segundo os termos do Anexo 24 de sua colaboração, que o objetivo dos pagamentos era apenas remunerar os auditores pelas horas extras de trabalho na inspeção dos produtos de origem animal, uma vez que o Ministério da Agricultura não dispõe de número de auditores suficiente para inspecionar as empresas do setor durante todo o expediente de produção.
As informações ainda são sigilosas e os esclarecimentos estão sendo prestados diretamente à PGR“.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.