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JBS calcula que doação que anunciou deverá beneficiar 60 milhões de pessoas

A JBS calcula que o pacote de doações que anunciou na segunda-feira beneficiará 60 milhões de pessoas no Brasil e tem a ambição de que a ação deixe um legado para o sistema de saúde o país e para área de pesquisa e tecnologia no país. A companhia informou que doará R$ 700 milhões para ajudar no combate à pandemia, sendo R$ 400 milhões no Brasil. As doações da companhia devem beneficiar 162 municípios, espalhados por 17 Estados do país.

“É grande, mas é do tamanho que tem que ser para fazer diferença”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, em entrevista ao Valor por videoconferência. De acordo com ele, a companhia vai unir sua habitual agilidade na execução de projetos e negócios com o conhecimento da área médica e social – a empresa conta com um comitê consultivo formado por médicos e executivos de hospitais. “Essa pandemia só vai ser vencida com ciência”, acrescentou.

De acordo com a executiva Joanita Karoleski, que coordena a iniciativa da JBS, parte dos recursos deve ser usada na construção de hospitais modulares — anexos a estruturas já existentes — e na implementação de UTIs em diversas regiões do país. “É a oportunidade de criar coisas perenes”, disse a executiva, que liderou a reestruturação da Seara (empresa da JBS) até o ano passado. Os investimentos da empresa deixarão estruturas permanentes, e não hospitais de campanha.

Do total destinado para o Brasil, R$ 330 milhões serão direcionados para a área de saúde pública e R$ 50 milhões para pesquisa e tecnologia. Outros R$ 20 milhões serão direcionados para ONGs — ajudando em projetos para lidar com problemas urgentes, como a fome, e também em cursos de qualificação profissional. “Hoje temos o problema da fome, mas daqui a pouco teremos o problema econômico”, argumentou Karoleski, que conta com seis pessoas dedicadas à iniciativa.

O presidente da Seara e líder dos negócios da JBS no Brasil, Wesley Batista Filho, explicou que o projeto não consiste na entrega de dinheiro. A companhia estará à frente de todos os projetos, contando com o auxílio dos comitê. “Não vamos entregar o dinheiro, virar as costas e sair”, ressaltou. A JBS vai aproveitar sua capilaridade, com presença no interior do país, para acelerar as iniciativas. “Agilidade é muito importante e é o nosso jeito de ser”, acrescentou Batista Filho.

À frente do comitê que auxiliará a JBS no pacote de doações, o superintendente corporativo do HCor, Fernando Torelly, destacou que o grupo de hospitais envolvido conhece a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de diversas regiões do país. Embora sejam privados ou filantrópicos, esses hospitais operam outros hospitais do sistema público. Com esse conhecimento, ele adiantou as a região Nordeste, onde várias cidades já estão próxima ou com o sistema de saúde em colapso, receberão recursos.

Outra cidade mencionada é Passo Fundo, município do Rio Grande do Sul que tem incidência alta de corona vírus e mais mortes que Porto Alegre. Nessa cidade gaúcha, a JBS possui um abatedouro de aves, que está interditado por decisão judicial.

Conforme Torelly, um comitê de supply foi criado dentro do projeto. A ideia é que as compras de insumos médicos e hospitalares aproveitem o conhecimento dos hospitais que integram o projeto. Com isso, as aquisições desses itens poderão ser feitas com preços mais competitivos.

O pacote de doações da JBS será auditado pela Grant Thornton, que abriu mão do honorário.

Fonte: Valor Econômico.

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