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JBS Biodiesel recorre a óleo de fritura

A modernização de seu parque industrial de biodiesel e a retração dos abates de bovinos levaram a JBS a recorrer, em escala inédita para a companhia, ao óleo de fritura recuperado para a fabricação do biocombustível no ano passado.

Diante da menor oferta de sebo bovino – matéria-prima preferencial das duas fábricas de biodiesel da empresa -, a JBS processou cerca de 20 milhões de litros de óleo de fritura em 2016, e a tendência é que o uso do insumo aumente nos próximos anos.

O diretor da JBS Biodiesel, Alexandre Pereira. não detalha o volume exato de biodiesel produzido a partir do óleo de fritura, mas a relação de transformação do produto no biocombustível é próxima de um para um, segundo a assessoria técnica da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).

A partir dessa relação, é possível inferir que o óleo de fritura representou perto de 10% da produção de biodiesel da JBS, que tem uma participação de 5% no mercado brasileiro de biodiesel. No ano passado, a companhia produziu 205 milhões de litros do biocombustível e faturou mais de R$ 530 milhões com as vendas nos leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O carro-chefe da JBS Biodiesel, porém, é mesmo o sebo bovino, enfatizou o executivo. Em geral, 80% do biocombustível produzido pela empresa é feito a partir da gordura animal. Antes de 2005, segundo Pereira, o subproduto da indústria de carne bovina chegava a ser descartado – ainda que uma parcela já fosse destinada à produção de sabão e com a entrada do biodiesel na matriz energética brasileira – hoje, o óleo diesel deve ter 7% de biodiesel em sua composição -, praticamente não há mais excedente de sebo bovino no país, segundo o diretor da JBS Biodiesel. “O sebo bovino se tornou uma matéria-prima com valor agregado e hoje tem destinação adequada”, disse.

Com o aumento da participação obrigatória do biodiesel no óleo diesel já prevista em lei, a margem da JBS Biodiesel tende a ser beneficiada. Em março, a fatia do biocombustível na composição do diesel será elevada para 8% e, até 2019, chegará aos 10%.

De acordo com Pereira, o marco regulatório do biodiesel permite que a participação aumente ainda mais e alcance 15% após 2019, se o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizar. “Podemos chegar nos 15% até 2024, o que será excelente”.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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