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Janot cita repasses de donos da JBS a operador

O grupo proprietário da JBS repassou cerca de R$ 31 milhões para empresas do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro nos últimos anos, de acordo com informações repassadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal.

O grupo é suspeito de pagar propina para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS, com base em relatos da delação premiada do ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto.

Os dados constam de relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) repassados ao Supremo por Janot para pedir a busca e apreensão contra os dois empresários na Operação Sépsis, realizada na última sexta-feira (1º).

A ação levou a buscas nas casas de Joesley Batista, dono da J&F –controladora da JBS, maior processadora de carne bovina do mundo. Também resultou na prisão preventiva de Funaro, apontando como operador do deputado afastado Eduardo Cunha na corrupção na Caixa.

Segundo os relatórios dos investigadores, houve transferências de diversas empresas do grupo para Funaro. A J&F teria remetido mais de R$ 13 milhões.

Já a Agrícola Jandelle SA –detentora da marca Big Frango, adquirida pelo grupo JBS em novembro de 2014– teria repassado R$ 11,5 milhões para o operador. Também são citadas remessas da JBS, de R$ 3,8 milhões, e da Eldorado Brasil, de R$ 3,2 milhões.

As transações foram utilizadas por Janot para mostrar o que chama de “relação próxima” entre Batista e Funaro.

O procurador-geral afirmou ainda que as movimentações são consideradas “suspeitas”.

O advogado de Lúcio Funaro, Daniel Gerber, afirmou que os pagamentos a ele são por “negócios lícitos”. A assessoria da J&F afirmou que os repasses são referentes a serviços que ele prestou.

Citou que Funaro intermediou a compra da Big Frango pela JBS, atuou na saída da família Bertin da holding e vendeu móveis e imóveis.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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