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Investimento privado moderniza estrutura de controle sanitário animal no RS

Mantido exclusivamente com recursos do setor privado, o Fundo de Desenvolvimento de Defesa Sanitária Animal (Fundesa) gerencia hoje quase R$ 100 milhões em recursos e, com diferentes aportes no setor público, fez os controles oficiais na área darem um salto nos últimos anos. 

Além de não contar com nenhuma verba púbica, a entidade investe em melhorias nas inspetorias veterinárias estaduais e em ações que vão muito além de focar na retirada da vacina contra a febre aftosa. Amanhã, a instituição fará sua assembleia geral e apresentação do balanço de 2020, cujas ações se avolumaram significativamente. 

Ver o anúncio de um novo status sanitário para o Rio Grande do Sul por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que pode ocorrer em maio, é a expectativa para 2021, diz o presidente do fundo, Rogério Kerber. Mas o trabalho nunca se limitou a isto, destaca o executivo. Ainda que boa parte dos investimentos feitos pelo Fundesa em 2020 tenham sido com essa finalidade, as ações no setor de pecuária de leite, suínos e aves não pararam. 

Apenas para estimular a substituição de vacas com brucelose e tuberculose por animais saudáveis, o que exige investimento dos pecuaristas, o fundo liberou, em indenizações, R$ 6,7 milhões no ano passado. Basicamente, o Fundesa compensa parte da perda do produtor com o abate do animal doente, evitando e reduzindo as contaminações no rebanho gaúcho e estimulando a ação sanitária. 

“As indenizações no setor leiteiro minimizam a perda do produtor com o abate, e estimula ele a fazê-lo, inclusive. O valor de um animal doente é zero, mas indenizamos o produtor para que não deixe de fazê-lo. Até porque ele mesmo é prejudicado em seu rebanho e produtividade com uma animal contaminado”, explica Kerber. 

Os recursos gerenciados pelo Fundesa têm origem em valores pagos por produtores e indústrias em contribuições sobre a produção, seja ela carne (bovina, suína ou de aves), leite ou ovos. Esses valores são calculados a partir de frações da Unidade Padrão Fiscal (UPF) do Estado. No caso de abate de um bovino, por exemplo, o produtor paga R$ 0,56 e a indústria recolhe o mesmo valor, totalizando R$ 1,12 por cabeça abatida recolhido ao fundo.

Fonte: Jornal do Comércio.

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