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Interações entre a nutrição e a eficiência reprodutiva em bovinos de corte

Os bovinos e demais ruminantes possuem a capacidade de armazenar energia em períodos de alta disponibilidade e utilizá-la em períodos de escassez. Durante a gestação ocorre um aumento gradativo nas exigências nutricionais e uma diminuição da capacidade de ingestão em consequência do desenvolvimento fetal. Logo após o parto, a lactação aumenta ainda mais as exigências nutricionais da mãe que dificilmente conseguirá suprí-las. Com isso a fêmea entra em balanço energético negativo suprimindo, assim, as atividades reprodutivas. Devido à intensidade e frequência das mamadas, certo grau de anestro é observado, podendo se agravar em situações de deficiência nutricional, particularmente em novilhas de primeira cria.

Os bovinos e demais ruminantes possuem a capacidade de armazenar energia em períodos de alta disponibilidade e utilizá-la em períodos de escassez. Durante a gestação ocorre um aumento gradativo nas exigências nutricionais e uma diminuição da capacidade de ingestão em consequência do desenvolvimento fetal. Logo após o parto, a lactação aumenta ainda mais as exigências nutricionais da mãe que dificilmente conseguirá suprí-las. Com isso a fêmea entra em balanço energético negativo suprimindo, assim, as atividades reprodutivas.

Devido à intensidade e frequência das mamadas, certo grau de anestro é observado, podendo se agravar em situações de deficiência nutricional, particularmente em novilhas de primeira cria.

Ao serem absorvidos, os nutrientes são direcionados a determinadas prioridades estabelecidas. São elas:
• Metabolismo basal
• Atividades (andar, deitar, etc)
• Crescimento
• Reservas básicas de energia
• Gestação
• Lactação
• Reservas adicionais de energia
Ciclos estrais e ovulação
• Reservas de excessos

Esta sequência pode ser mudada dependendo das funções metabólicas presentes, e em que nível se apresentam (SHORT et al.,1990).

Por essa sequência de prioridades observamos que o animal só direcionará nutrientes para a atividade reprodutiva quando todas as prioridades anteriores tiverem sidos atendidas.

Baixos níveis nutricionais são conhecidos como deletérios no retorno da atividade ovariana pós parto (DUNN e KALTENBACH, 1980). A subnutrição afeta a atividade cíclica ovariana de vacas pós parto, aumentando o intervalo entre o parto e o primeiro estro. O mecanismo mais provável de inibição da atividade reprodutiva seria a supressão da liberação dos picos de LH pela hipófise anterior, que é controlada pela liberação de GnRH no hipotálamo (RANDEL, 1990).

A condição nutricional é mais importante no pré parto do que no pós parto na determinação do intervalo entre partos. Isso ocorre devido o fato das fêmeas terem maior capacidade de ganho de peso no pré parto, quando possuem melhor conversão alimentar. O efeito supressivo do estímulo da amamentação sobre a atividade ovariana durante o período pós parto é menos pronunciado em animais com moderada condição corporal ao parto ou em animais que não têm uma drástica perda de peso pós parto (BOLANOS et al.,1996).

Condição corporal é um bom indicador do status energético e da probabilidade de concepção no pós parto, porém deve-se ter cuidado ao utilizar esses parâmetros, pois os mecanismos pelos quais indicadores influem no desempenho reprodutivo ainda não estão bem elucidados.

As taxas de prenhez nas fêmeas bovinas são afetadas pelo metabolismo energético pré e pós parto. Quantidades inadequadas de energia durante o período final de gestação levarão a baixas taxas de concepção mesmo com a correção da ingestão no pós parto. A continuidade de deficiência energética no período pós parto diminuirá ainda mais as taxas de concepção. Fêmeas com restrição de energia durante o período pós parto levam a taxas de prenhez ao redor de 50 a 76%, enquanto fêmeas corretamente alimentadas terão 87 a 95% de prenhez. O balanço energético tem grande influência sobre as taxas de prenhez em vacas com bezerro ao pé, e a condição corporal ao parto juntamente com os nutrientes presentes na dieta pós parto poderão influenciar diretamente a reconcepção dessas fêmeas (RANDEL, 1990). A suplementação pré parto poderá proporcionar melhor condição corporal para as fêmeas no início da próxima estação de monta.

As funções específicas e os mecanismos pelos quais a nutrição influi na reprodução são muito difíceis de serem separados e elucidados, devido o fato dos nutrientes requeridos para a atividade reprodutiva serem também necessários a funções fisiológicas do organismo.

Referências bibliográficas:

BOLANOS J.M.; FORSBERG, M.; KINDAHl, H.; RODRÍGUES M.H. Influence of body condition and restricted suckling on post-partum reproductive performance of zebu cows in the humid tropics. Reprod. dom. Anim., v.31, p.363-367, 1996.

DUNN, T.G.; KALTENBACH, C.C. Nutrition and postpartum interval of the ewe, sow and cow. J. anim. Sci., v.51, p.29-37, 1980.

RANDEL, R.D. Nutrition and postpartum rebreeding in cattle. J. anim. Sci., v.68, p.853-862, 1990.

SHORT, R.E.; BELLOWS, R.A.; STAIGMILLER, R.B.; BERARDINELLI, J.G.; CUSTER, E.E. Phisiological mechanisms controlling anestrus and infertility in postpartum beef cattle. J. anim. Sci., v.68, p. 799-816, 1990.

0 Comments

  1. WILLIAM PARRIÃO VASCONCELOS disse:

    Parabens André por esta ecxelente materia! Agora o dificil é o produtor enxergar essas vantagens, esta materia pode nos ajudar muito a mudarmos a linha de pensamento dos pecuaristas aquí em Santana do Araguaia, esse tipo de trabalho pode muito contribuir para o desenvolvimento da pecuaria no Brasil onde estamos indo para crescimento vertical. Muito boa esta materia.

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