As indústrias militar, de energia, saúde, engenharia e tecnologia da informação impulsionam inovações na agricultura e podem revolucionar a produção e a lucratividade no setor, avalia a Bayer CropScience.
Segundo a gigante de agroquímicos, os novos “players” na agricultura incluem IBM, Bosch, a empresa de tecnologia Blue River e de engenharia AeroFarms. Internet das coisas, inteligência artificial, cloud computing, drones e robótica, microbioma têm um papel cada vez mais importante no setor agrícola.
A Bayer investiu recentemente US$ 100 milhões na startup americana Ginkgo Bioworks. Com um determinado tipo de bactéria, as próprias plantas poderiam um dia se autofertilizar. A nova empresa foca no microbioma vegetal, com ênfase na fixação de nitrogênio. Melhorar a capacidade dos micróbios de disponibilizar fertilizantes nitrogenados para plantas oferece o que Bayer chama de benefício potencial para uma agricultura sustentável.
O grupo planeja investimento de € 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento em 2017, mais de 11% do faturamento de sua divisão CropScience. A empresa vem ampliando o número de parcerias estratégicas para pesquisa, inclusive com a Embrapa, e também o financiamento de risco.
Apesar da defesa do uso de tecnologias inovadoras na agricultura, a Bayer reclama que o custo da inovação está aumentando por causa de exigências regulatórias. Uma pesquisa feita pela empresa com 10 mil pessoas de 10 países mostrou contradição: de um lado, a maioria acredita que garantir alimentos seguros é uma tarefa urgente e necessária. Ao mesmo tempo, muitos consumidores mostram-se céticos em relação à ciência, e querem banir transgênicos e pesticidas, por exemplo.
Para a Bayer, a inovação passa pela agricultura digital, que já lançou em 30 países. O plano da empresa é investir € 200 milhões de 2015 a 2020, em novas ferramentas que ajudam agricultores a otimizar insumos, ampliando a produtividade.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.