Mercado Físico da Vaca – 15/10/10
15 de outubro de 2010
Mercados Futuros – 18/10/10
19 de outubro de 2010

Inovação: Projeto busca melhoria para Defesa Agropecuária

O Projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária tem por objetivo propor melhorias através do incentivo à inovação tecnológica, da promoção da capacitação e da indução de redes sociais. As ações estão ligadas ao desenvolvimento de projetos de Mestrado Profissional focados em sistemas produtivos e realidades regionais; ao mapeamento de tecnologias e competências que possam ser utilizadas no aprimoramento da defesa agropecuária, ao levantamento de visão e demandas do setor privado e de órgãos do Governo e à indução de parcerias destes setores.

O Projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária tem por objetivo propor melhorias através do incentivo à inovação tecnológica, da promoção da capacitação e da indução de redes sociais. As ações estão ligadas ao desenvolvimento de projetos de Mestrado Profissional focados em sistemas produtivos e realidades regionais; ao mapeamento de tecnologias e competências que possam ser utilizadas no aprimoramento da defesa agropecuária, ao levantamento de visão e demandas do setor privado e de órgãos do Governo e à indução de parcerias destes setores.

A primeira fase do Projeto, fomentado pelo Fundo Setorial para o Agronegócio e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), identificou as demandas existentes no país no que se refere à inovação e defesa agropecuária. Em seguida foram mapeadas as tecnologias existentes no país que se aplicam ao tema. Estas tecnologias estão reunidas no site http://www.inovadefesa.com.br/ e podem ser consultadas a qualquer tempo. A aproximação destes componentes já ocorreu em dois momentos: virtualmente, através da Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária (www.inovadefesa.ning.com) e presencial, durante a II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária.

O momento atual busca de forma específica a indução de parcerias entre os pesquisadores e os demandantes de tecnologias. Para isso, o projeto estará presente na Inovatec 2010, com sete Encontros de Inovação. Para o coordenador do projeto e professor da Universidade Federal de Viçosa, Evaldo Vilela, a aproximação dos setores é um desafio necessário. “O agronegócio brasileiro precisa urgentemente dessas parcerias. Os Encontros de Inovação são hoje o que há de melhor para acelerar a hélice tríplice: Universidade-Empresa-Governo”, destaca Vilela.

Indução de parcerias

Aproveitando o ambiente favorável da Inovatec 2010, serão realizados sete Encontros de Inovação no stand do projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária, entre os dias, 5 e 8 de outubro, na Expominas, em Belo Horizonte. O objetivo é apresentar as novas tecnologias aplicadas à área e criar oportunidades de negócios entre os participantes. O Encontro de Inovação é uma metodologia desenvolvida pelo Sistema Mineiro de Inovação (Simi).

Os temas abordados representam demandas apresentadas pelo setor privado. Serão apresentadas de cinco a sete propostas de soluções para os seguintes temas: Prevenção e Controle de Salmonella e Campylobacter em Avicultura e Suinocultura; Vacinas para Prevenção de Doenças em Bovinos, Suínos e Aves; Metodologias Analíticas para Detecção de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Animal; Novas tecnologias para o Controle de Pragas Agrícolas; Metodologias Analíticas para Detecção de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal; Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos; e Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicada à Defesa Agropecuária.

A expectativa é que esse processo seja um facilitador para as relações entre os demandantes de tecnologias e os pesquisadores.

RIT DA

A Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária (RIT DA) foi aberta ao público em 6 de abril de 2009 e, desde então, com quase 4000 membros, vem tendo um número crescente de acessos e exibições de página dentro e fora do Brasil.

Reúne profissionais ligados ao setor agropecuário, com representantes de todos os estados brasileiros e de outros países. Utilizando recursos de web 2.0, tem como objetivo principal proporcionar espaços de discussões e compartilhamento de conhecimento sobre o sistema brasileiro de defesa agropecuária e o cenário em que o mesmo está inserido. Assim, vem facilitando a comunicação entre pesquisadores, docentes, setor privado e agentes de defesa

Um resultado concreto da atuação da Rede está na criação da União Nacional dos Fiscais Agropecuários (UNAFA). As discussões iniciaram na RIT DA em maio e em agosto um grupo se reuniu na sede do CRMV-MG para tratar do assunto. Compareceram fiscais agropecuários estaduais e federais (engenheiros agrônomos, médicos veterinários e engenheiros florestais) representantes de vários estados do Brasil e a entidade foi criada.

A RIT DA foi apontada, pelo site Farmsphere, como uma das 100 melhores redes sociais do mundo sobre “Agricultura, Alimentos e Agronegócios”.

Nas últimas quatro décadas houve uma evidente evolução do agronegócio brasileiro e o país passou a ser um player importante no cenário mundial. Este lugar no ranking faz com que seja preciso conhecer as legislações e o comportamento do consumidor nos países importadores de produtos agropecuários brasileiros. Apesar disso, a estrutura para defesa agropecuária cresceu em velocidade menor e são observadas defasagens importantes relacionadas ao número de servidores, infraestrutura, recursos financeiros para execução das ações previstas, pesquisa, entre outros.

Realizada em Belo Horizonte, de 26 a 29 de maio de 2010, a II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária reuniu mais de 1.800 profissionais de todo o país e possibilitou traçar um panorama da situação atual e propor ações concretas para promover melhorias no sistema.

Para Vilela, o evento foi uma forma de direcionar as atenções aos gargalos da defesa agropecuária no Brasil.”O país tem uma importância enorme na produção de alimentos para o mundo. Temos que aproveitar esse fato e agir com direcionamento para obtermos os resultados que desejamos. Vamos utilizar a tecnologia em favor do agronegócio e fazer da inovação uma mania”, disse.

Diretório de Tecnologias

Utilizando a tecnologia a favor da agropecuária, o Projeto lançou o Diretório de Tecnologias e Competências, disponibilizando informações sobre pesquisas e produtos inovadores com aplicação na Defesa Agropecuária, online, no endereço www.inovadefesa.com.br.

A proposta visa suprir a necessidade de tornar acessíveis as informações sobre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas no país. Até o momento existem 313 tecnologias disponíveis, postadas por pesquisadores de instituições públicas e privadas de todo o país. Com navegação simples, o site permite que o próprio pesquisador insira as informações em campos como autor, descrição, aplicação e estágio de desenvolvimento. Os conteúdos são classificados de acordo com o estágio de desenvolvimento (ideia, laboratório, protótipo e mercado) e aplicabilidade.

Ao utilizar sistema online, interativo, com atualização permanente e aberto para pesquisadores de todo o país, o Diretório de Tecnologias e Competências desponta como uma ferramenta de referência funcional e personalizada, contribuindo para a promoção da integração e inovação entre os principais componentes das cadeias produtivas do agronegócio e pesquisa, gerando desenvolvimento e aprimoramento de ações.
Capacitação

Outro gargalo identificado foi a falta de capacitação profissional. Buscando atender essa demanda, o Projeto estimulou a submissão de oito propostas de cursos de Mestrado Profissional em Defesa Agropecuária. A primeira delas foi aprovada recentemente e as aulas já tiveram início na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

A primeira turma é formada por 10 fiscais agropecuários da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). A capacitação possibilitará uma melhoria na execução de ações e expansão de conhecimento, além de proporcionar valorização profissional. O mestrado profissional é a modalidade de capacitação na qual não é necessária a dedicação exclusiva à pesquisa. Este ponto é essencial na medida em que aquele que pesquisa é o mesmo que vai a campo e conhece a realidade do sistema.

Capacitar os profissionais que atuam na linha de frente da defesa agropecuária no país é fundamental. Os processos são complexos e têm ligação direta com a saúde pública e com a economia do país. Os projetos que serão desenvolvidos pelos fiscais selecionados são eminentemente aplicados à realidade do agronegócio baiano.

Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária

Recente conquista do Projeto e seus parceiros, a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) foi criada visando fortalecer a Defesa Agropecuária. A associação já reúne mais de 100 sócios, entre médicos veterinários, engenheiros agrônomos e outros profissionais ligados ao tema, representando 16 estados brasileiros.

A SBDA tem como missão principal preservar iniciativas apresentadas neste artigo e que têm sido relevantes para o agronegócio brasileiro, como o Diretório de Expertise e Competências, a Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária e a Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. E, ainda, promover articulações e novas propostas que possam contribuir para a melhoria do setor.

A convite do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a SBDA terá participação nas discussões sobre a governança do sistema brasileiro de defesa agropecuária.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress