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Início da colheita confirma perdas na safra do milho no RS

Com a colheita do milho em andamento, o produtor gaúcho  começa a verificar o quanto a falta de chuvas na primavera de 2020 comprometeu o resultado das lavouras. A  percepção inicial, com 8% da área cultivada já colhida, indica prejuízos tanto na quantidade como na qualidade do grão. Para a Associação dos Produtores de Milho (Apromilho/RS), a produção estadual não irá chegar a 3,5 milhões de toneladas, volume muito inferior aos 5,9 milhões de toneladas (milho-grão) inicialmente estimados pela Emater.

O presidente da Apromilho, Ricardo Meneghetti, acredita que as empresas compradoras não farão distinção entre o produto de qualidade boa ou ruim em função da escassez dessa matéria-prima no Estado. Mas considera que o produtor sentirá os impactos de ter menos grão disponível, justamente em um ano que tende a manter preços remuneradores. Nos últimos dias, a cotação da saca estava próxima de R$ 82,00, segundo o Cepea/Esalq/USP.

Os números de uma safra mais enxuta já são visíveis na regional da Emater de Frederico Westphalen, uma das primeiras a colher as lavouras. Naquela região, diversos municípios decretaram situação de emergência entre outubro e dezembro de 2020 por causa da seca. No momento, cerca de 10% dos 82 mil hectares plantados com milho grão já estão colhidos  e têm apresentado produtividade média de 50 sacos por hectare – a projeção inicial indicava 140 sacos por hectare. Em relação ao milho para silagem, cerca de 60% dos 20 mil hectares plantados na primeira safra já foram colhidos, com rendimento entre 12 a 15 toneladas por hectare, quando se esperava a média de 35 toneladas por hectare.

Segundo o gerente regional da Emater de Frederico Westphalen, Luciano Schwerz, o milho para silagem tem apresentado qualidade baixa e, por isso, se prevê ampliação da área destinada à cultura na safrinha para que os produtores consigam maior oferta de alimento para os animais.

Schwerz confirma que o milho grão também tem apresentado avarias e, assim como Meneghetti,  não acredita em descontos. “A demanda é muito grande e as empresas não vão abrir mão deste milho por este fator”.

Fonte: Correio do Povo.

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