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Ingleses cobram padrões de bem-estar dos exportadores

Pelo menos um quarto da carne vendida no Reino Unido é oriundo de fazendas que não cumprem os padrões nacionais para bem-estar animal, de acordo com uma investigação o The Guardian. O Reino Unido tem padrões relativamente altos de bem-estar animal comparado com o resto do mundo, incluindo a União Europeia (UE). Entretanto, não existem restrições nas importações de carnes de países que não impõem esses padrões, onde os custos são frequentemente menores.

Pelo menos um quarto da carne vendida no Reino Unido é oriundo de fazendas que não cumprem os padrões nacionais para bem-estar animal, de acordo com uma investigação o The Guardian. As más condições nas quais os animais podem ser mantidos incluem excesso de frangos e perus em galpões, currais tipo gaiolas para fêmeas suínas e castração física sem anestesia em suínos machos.

O Reino Unido tem padrões relativamente altos de bem-estar animal comparado com o resto do mundo, incluindo a União Europeia (UE). Entretanto, não existem restrições nas importações de carnes de países que não impõem esses padrões, onde os custos são frequentemente menores. Existem vários pedidos de consumidores e grupos rurais por melhor rotulagem de produtos e ações para que os padrões sejam cumpridos, pelo menos, na UE.

O chefe de alimentos e produção rural da União Nacional de Produtores Rurais (NFU, da sigla em inglês), Kevin Pearce, disse que alguns produtores estrangeiros serão solicitados pelos varejistas a cumprir padrões mais altos do que seus mínimos nacionais. Entretanto, existe uma preocupação particular com relação à qualidade do alimento importado usado nos restaurantes, lanchonetes e outros locais, o que agora representa metade do dinheiro gasto com alimentos no Reino Unido. “Se os consumidores soubessem algo sobre isso, provavelmente pensariam que todos os padrões são os mesmos”, disse Pearce, acrescentando que os produtores britânicos querem “competir de forma justa”.

A NFU anteriormente já reclamou que as diferenças nos padrões são injustas para os produtores britânicos. Entretanto, a escala de problemas foi relevada pela análise do The Guardian da maioria dos dados comerciais recentes disponíveis, de 2007. Dentre os pontos da análise está a afirmação de que 3% da carne bovina importada pelo Reino Unido vêm do Brasil, onde as práticas incluindo marcação do gado à ferro, castração e remoção de chifres podem ser feitas sem anestesia.

Os produtos oriundos dessas importações representaram um quarto de toda a carne vendida, em peso, no Reino Unido. As importações totais de carne suína, de aves, bovina e de vitelo representam um terço de todas as vendas de carne e é provável que parte do restante das importações venha de pequenos países comerciantes também com baixos padrões.

A reportagem é do The Guardian, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Otávio Hermont Cançado disse:

    Meus caros Miguel e André, seria importante se vocês conseguissem cópia da resposta do governo brasileiro à esta matéria. Eles prepararam uma resposta sobre o assunto. Um abraço do,
    Otávio

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