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Indústrias da carne e laticínios dos EUA depende dos imigrantes

Cerca de 20% dos trabalhadores que criam animais em fazendas ou ranchos nos Estados Unidos ou são empregados em fazendas leiteiras nasceram no exterior, revelou um relatório do Conselho Americano de Imigração (AIC), nesta quarta-feira (20).

No ano fiscal de 2021 (entre 1º de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021), os empregadores da indústria da carne e laticínios solicitaram um total de 34.245 trabalhadores com vistos H-2A (agrícola) e H-2B (outro tipo), que cobrem empregos temporários ou sazonais.

O Departamento do Trabalho americano validou um total de 32.071 desses trabalhadores, dos quais mais de 93,8% trabalham na indústria da carne, geralmente cuidando de gado ou na manutenção de máquinas e instalações agrícolas.

Assim, de acordo com o relatório, “os trabalhadores imigrantes desempenham um papel vital na produção de alimentos” no país, aliviando a escassez de mão de obra e estabilizando os preços dos alimentos.

Os empregadores das indústrias da carne e laticínios contam com os programas de vistos H-2A e H-2B para preencher cargos, mas é “uma solução temporária ao fornecer trabalhadores estrangeiros sazonais” e “não atende às necessidades dessas indústrias não sazonais”, explicou Andrew Lim, diretor de pesquisa da AIC, em comunicado.

Nos últimos três anos, o salário médio anunciado online para trabalhadores das indústrias da carne e laticínios aumentou 33,7%, de US$ 14,95 por hora para US$ 20.

As áreas metropolitanas que mais demandam trabalhadores desse tipo foram Houston, Omaha, San Antonio, Austin e Los Angeles.

Em todo o país, mais de 90.000 trabalhadores criam e cuidam de animais em fazendas, ranchos, currais e instalações de confinamento. Um em cada cinco deles, ou seja, 20%, nasceu no exterior.

Nos primeiros dias da pandemia, durante os quais os imigrantes latinos estavam na linha de frente, a proporção de trabalhadores de frigoríficos nascidos no exterior era de 45,4%, afirma o relatório.

De 2017 a 2021, o número de ofertas online para trabalhadores de frigoríficos aumentou 86,4%, acrescenta.

Para mitigar a escassez de mão de obra, os produtores de carne pediram ao governo do presidente Joe Biden para expandir o programa de vistos H-2B para que possam cobrir o ano inteiro.

Na indústria de laticínios, a presença de imigrantes também chama a atenção: é de quase um em cada cinco trabalhadores.

Fonte: Estado de Minas.

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