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Indústria fica sem margem na disputa pelo boi gordo nas alturas

O mercado do boi gordo segue com preços firmes, com o registro de valorizações em algumas praças brasileiras, mas o quadro geral é de estabilidade. “Não há facilidade na compra de gado”, informa nesta quinta-feira (4/2) a Scot Consultoria.

No interior de São Paulo, o boi gordo segue valendo R$ 302/@, preço bruto e a prazo, segundo apurou a Scot. A vaca gorda está sendo negociada em R$ 284/@, enquanto a novilha gorda é vendida a R$ 292/@, nas mesmas condições de pagamento. Os animais mais jovens, de até quatro dentes e direcionados ao mercado de exportação, são negociados por R$ 305/@, acrescenta a consultoria.

Nesta quinta-feira, no Mato Grosso, devido à oferta enxuta e à dificuldade em compor as escalas de abate, a cotação da arroba do boi gordo subiu nas quatro praças monitoradas pela Scot Consultoria. Na região de Cuiabá, a alta diária foi de R$ 6/@, enquanto no Sudoeste houve acréscimo de R$ 1/@, e no Norte e no Sudeste do Estado a valorização foi de R$ 2/@ na comparação com os preços do dia anterior. O macho terminado em Cuiabá ficou cotado em R$ 298/@, preço bruto e a prazo, informa a Scot. Ao final deste texto, veja os preços desta quinta-feira do boi gordo e da vaca gorda nas principais praças pecuárias do País.

Segundo os analistas de mercado, daqui para frente, a expectativa é de uma oferta de boiadas crescente, como é comum ao longo da safra, mas sem grande pressão desse fundamento, uma vez que o cenário de retenção de fêmeas tende a continuar.

Na avaliação da equipe de analistas da IHS Markit, já é possível verificar que a trajetória de valorização da arroba bovina vem perdendo força entre as principais praças pecuárias do Brasil. De maneira geral, ressalta a consultoria, as indústrias frigorificas seguem com escalas de abate apertadas, com impacto da dificuldade em se originar animais terminados em volumes mais expressivos. “Porém, a inconsistência do consumo doméstico segue desgastando as margens operacionais das unidades de abate, o que neutraliza o apetite comprador e trava a procura por gado”, completa a consultoria.

As indústrias frigoríficas, sobretudo aquelas que atendem especificamente mercado doméstico, alegam enfrentar sérios problemas com repasse do adicional de custo da compra da matéria-prima (boi gordo) ao longo da cadeia produtiva. “Há unidades frigoríficas que estão realocando ou mesmo intercalando os abates diários; outras estão até cogitando a paralização temporária de algumas plantas, avaliando as melhores estratégias a serem adotadas no curto prazo”, relata a IHS.

Estabilidade no atacado da carne

No mercado atacadista de carne sem osso, relata a Scot Consultoria, a cotação segue estável, o que demonstra um escoamento lento, já que a oferta de boiadas e produção de carne segue limitada. “A lentidão no fluxo das vendas da carne bovina, que persiste desde o começo desta semana, começa a contrariar as expectativas previstas para uma primeira quinzena de mês, quanto há recuperação mais consistente das vendas, devido ao pagamento dos salários aos trabalhadores.

No mercado externo, a proximidade do ano novo chinês tende a manter o ritmo de exportações de carne bovina mais calmo em curto prazo, prevê a Scot. No entanto, as expectativas depois desse período de festividades na China seguem promissoras, sempre de olho na influência do câmbio, acrescenta a consultoria.

Preço do Cepea/USP

O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (valor à vista, no Estado de São Paulo) atingiu a casa dos R$ 300 nesta semana, o que significou um novo recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em 1994 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI), informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.

Nessa quarta-feira, 3, o Indicador fechou a R$ 301,90, acumulando alta de 13% na parcial de 2021. Segundo pesquisadores do Cepea, o recente avanço nos valores da arroba está “atrelado à oferta limitada de animais prontos para abate, tendo em vista que as demandas interna e externa estão enfraquecidas neste começo de ano”.

Cotações desta quinta (4/2), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 301/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 289/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 289/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca R$ 281/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 278/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 278/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 276@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 274/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 278/@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 271/@ (à vista)

vaca a R$ 256/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO.

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