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Indústria de orgânicos dos EUA pede um programa check-off

Atualmente, existem 22 programas obrigatórios federais de check-off de commodities nos Estados Unidos – que arrecadam fundos dos próprios produtores para apoiar o setor -, e alguns levantaram cerca de US$ 750 milhões anualmente dos agricultores e pecuaristas americanos. Além do programa Beef Checkoff, existem programas de tipo para mirtilos (blueberry), árvores de Natal, algodão, produtos lácteos, ovos, leite fluido, abacate, carne de cordeiro, manga, cogumelo, amendoim, pipoca, carne suína, batata, soja e melancia.

E ainda há mais que isso. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) opera outros 35 programas de marketing de commodities e muitos estados possuem check-offs locais de commodities. Se somar todo o dinheiro coletado por todos esses check-offs estaduais e federais, o total é estimado (os dados não são oficiais) em US$ 1,25 bilhão por ano para a promoção e pesquisa em commodities.

Agora, outro programa check-off poderá ser lançado – esse, pela primeira vez, em suporte a um processo, a não a uma commodity. Em maio, 8.500 membros da Associação de Comércio de Orgânicos (OTA) formalmente pediu ao USDA para começar a ter um programa check-off para a indústria de orgânicos.

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Assim como os outros check-offs, esse já está criando algumas controvérsias. Alguns membros da indústria expressaram preocupações com a falta de transparência reportada em outros programas check-offs ou preocupações sobre a capacidade do programa proposto verdadeiramente suprir as demandas dos produtores de orgânicos que pagarão por ele. A indústria de orgânicos inclui companhias de orgânicos multimilionárias e pequenos produtores locais; eles podem ter objetivos diferentes em termos de alcance e pesquisa. Mesmo o tempo “indústria orgânica” parece um anátema para alguns produtores de orgânicos: a ameaça do “Big Organic” tomando conta.

Porém, não há dúvidas do valor e do rápido crescimento do setor de orgânicos. O selo de orgânico foi lançado em 2000, um esforço para comunicar aos consumidores certos padrões e práticas. Desde então, a participação de mercado dos alimentos orgânicos vem crescendo – isso tem sido descrito como a tendência de alimentos de mais rápido crescimento da história moderna. O Food Safety News reportou que a indústria de alimentos orgânicos viu um aumento de 3.400% nas últimas duas décadas. Em 2013, as vendas de alimentos orgânicos alcançaram US$ 35 bilhões, que representou um aumento de 11% com relação ao ano anterior. Em 2014, de acordo com uma pesquisa da OTA, 83% dos consumidores americanos compraram alimentos orgânicos.

Mesmo assim, alguns membros na indústria disseram que os consumidores estão confusos sobre o que o selo de orgânico significa e parte da proposta do check-off seria resolver essa confusão através de publicidade e pesquisa direcionada aos consumidores. O dinheiro levantado viria através de uma taxa proposta de 0,1% da receita bruta de orgânicos de mais de US$ 250.000 por ano. (Por exemplo, avalia uma taxa de US$ 1.000 em uma receita bruta de orgânicos de US$ 1.000.000). Os produtores cuja receita for menor que US$ 250.000 poderiam escolher se pagariam ou não a taxa. Estima-se que o programa poderia coletar cerca de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões por ano.

Agora, a OTA enviou uma proposta formal ao USDA, organização que completa a revisão. Depois, uma proposta oficial será publicada no Registro Federal. Seguirá um período de comentários públicos e, então, um referendo, votado pelos membros do setor. Se pelo menos dois terços dos produtores de orgânicos votarem a favor, o check-off será adotado.

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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