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Indústria de carnes enfrenta pressão de saída do Reino Unido da UE

A indústria de carnes do Reino Unido está enfrentando os medos do que a votação pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE) significará. O Euromonitor International afirma que o resultado do referendo da UE levará ao enfraquecimento da moeda, à perda potencial de acesso ao mercado comum e comércio livre de tarifas, que, por sua vez, levará ao aumento nos preços dos alimentos. O Euromonitor concluiu que a dependência do Reino Unido da agricultura estrangeira significa que o país “não está preparado para alimentar seu próprio povo”.

As refeições prontas – das quais, 79,2% são à base de carnes no Reino Unido, de acordo com o Kantar – estão entre o grupo de alimentos processados que poderão ser afetados. Analistas esperam que a carne processada e os frutos do mar apresentem mais crescimento do que os itens cozidos, sorvetes, refeições prontas e itens de confeitaria.

“As incertezas que pairarão sobre o Reino Unido por pelo menos os próximos dois anos é um dos maiores desafios para o negócio”, disse a líder global de Economias e Consumidores do Euromonitor, Sarah Boumphrey. “Isso sem dúvida prejudicará o sentimento do negócio, colocará pressão para baixo sobre os investimentos e afetará a confiança dos consumidores. Haverá um impacto direto na libra esterlina e isso poderá pressionar a inflação para cima. Então, dependendo do custo de base dos negócios, isso poderia também ter um impacto negativo – apesar de, para os exportadores do Reino Unido, uma moeda fraca ser bom”.

O diretor de exportações do AHDB do Reino Unido, Peter Hardwick, concordou e disse que as exportações de carne em curto prazo deverão ser mais competitivas, graças à desvalorização da libra. Há um pouco de boas notícias para a indústria de carnes do Reino Unido – que a moeda fraca poderia levar a um boom nas exportações, similar ao crescimento visto no Brasil após a desvalorização do Real.

Uma das questões que podem causar preocupação à indústria de carnes é o que acontecerá com o livre comércio agora. Atualmente, a carne e os animais podem ser comercializados livremente dentro da UE, sem tarifas de importação. Porém, com a saída do bloco, se não se chegar a um acordo, ou a uma extensão das negociações, o Reino Unido se reverterá às regras da Organização Mundial de Comércio, significando que serão colocadas tarifas para todas as exportações à UE.

Fonte: GlobalMeatNews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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