Os negócios de carnes dos Estados Unidos estão se preparando para as medidas referentes ao uso de antibióticos que deverão ser implementadas até o final de dezembro de 2016 pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA).
As novas políticas, que visam controlar o uso de antibióticos nas fazendas de produção animal, deverão gerar amplas mudanças na forma como esses medicamentos são usados na cadeia de fornecimento de carnes americana.
O FDA pretende eliminar o uso de antibióticos medicamente importantes para propostas de produção – especificamente, para promoção de crescimento e eficiência alimentar. Daqui em diante, o uso desses antibióticos ficarão sob supervisão de veterinários licenciados.
O FDA disse que é “crítico garantir que essas drogas sejam usadas de forma criteriosa e somente quando forem apropriadas para propostas específicas de saúde animal”.
As regulamentações são designadas a fortalecer o papel dos veterinários na tomada de decisões sobre saúde do rebanho, enquanto requer que eles cumpram com leis estaduais e federais.
As leis são apoiadas pela Casa Branca, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Centro para Controle e Prevenção de doenças, importantes produtores de carnes e redes varejistas, incluindo Walmart e Smithfield Foods.
O professor de medicina da produção da Universidade do Estado do Kansas, Mike Apley, disse que no final de 2013, 97% dos antibióticos usados na ração e na água não requeriam autorização de veterinários. As novas leis foram estabelecidas em parte para “direcionar um novo nível de cooperação entre os veterinários e seus clientes”, disse Apley. Ele disse também que interações mais frequentes com o veterinário provavelmente aumentarão os custos dos produtores e adicionarão mais tempo de restrição à produção. Dessa forma, haverá mudanças significativas na cadeia de fornecimento de carne. No entanto, ele notou que muitos dos maiores confinamentos já possuem veterinários no local.
O porta-voz da Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina (NCBA), Chase Adams, disse que a organização tem trabalhado para fornecer a seus membros informações sobre como os produtores, criadores e engordadores podem ajustar seus sistemas de manejo para garantir o cumprimento das novas leis.
Essa medidas incluem a acomodação da estratégia de “uso criterioso” do FDA. Um maior foco às recomendações do rótulo – o uso de antibióticos diferente do que está escrito no rótulo seria ilegal.
As mudanças pressionarão os produtores a reconhecer que a autorização de um veterinário de um alimento contendo um antibiótico medicamente importante pode não ser automática, mas pode iniciar uma conversa sobre legalidade, dose, duração, necessidade e eficiência.
Também será focado na capacidade de remover completamente o antibiótico antes do abate para evitar resíduos. Os veterinários precisarão submeter formulários escritos ou eletrônicos sobre a alimentação e todos os antibióticos importantes na medicina usados na água exigirão prescrição.
Fonte: http://www.globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.