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Índice de preços dos alimentos da FAO sobe pelo quinto mês seguido

O índice de preços dos alimentos medido pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em outubro pelo quinto mês consecutivo e atingiu o maior número desde janeiro de 2020, ao ficar em 100,9 pontos. 

Trata-se de um aumento de 3 pontos (3,1%) ante setembro e de 5,7 pontos (6%) na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os preços bem mais firmes dos açúcares, lácteos, cereais e óleos vegetais foram responsáveis pelo resultado, enquanto o subíndice de carnes caiu ligeiramente pelo nono mês consecutivo. 

O indicador de açúcar teve média de 85 pontos em outubro, 6 pontos (7,6%) acima de setembro. Esse aumento refletiu principalmente a perspectiva de queda na produção de açúcar tanto no Brasil quanto na Índia, devido a chuvas abaixo da média. Segundo a FAO, os preços do açúcar também foram apoiados pela queda na produção da Tailândia, devido à seca. 

O subíndice de lácteos teve a quinta alta consecutiva ao subir 2,2 pontos (2,2%) ante setembro. Em outubro, as cotações de todos os produtos que compõe o indicador subiram, com destaque para os queijos, seguidos do leite em pó desnatado, o leite em pó integral e manteiga. 

No caso do óleo vegetal, o índice subiu pela primeira vez em nove meses e ficou em 106,4 pontos em outubro, alta de 1,8 ponto (1,8%) na comparação mensal. 

“As cotações internacionais do óleo de palma aumentaram pelo quinto mês consecutivo, sustentadas pelas perspectivas de produção abaixo do potencial nos principais países produtores e pela robusta demanda global de importação. Nesse ínterim, os valores do óleo de soja foram sustentados pelo contínuo aperto na oferta na América do Sul. Em contraste, depois de aumentar cinco meses consecutivos, os valores internacionais do óleo de colza diminuíram em outubro”, disse a FAO em relatório. 

O subíndice de cereais da FAO teve a quarta alta consecutiva, com média de 111,6 pontos em outubro, um aumento de 7,5 pontos (7,2%) em relação a setembro. Segundo a entidade, os preços do trigo subiram com as notícias de tempo seco em várias regiões produtoras e os do milho tiveram apoio da demanda, principalmente chinesa. Os preços da cevada e sorgo para ração também aumentaram em outubro. 

Por sua vez, o indicador para carnes caiu pelo nono mês consecutivo ao registrar 90,7 pontos em outubro, ligeiramente abaixo (0,5 ponto ou 0,5%) de setembro.

“Os preços da carne suína caíram, com a queda nas cotações dos produtos alemães, refletindo a continuidade da influência das restrições de importação impostas pela China à Alemanha, o que compensou o aumento das carnes do Brasil devido à robusta demanda de importação”, disse a FAO. 

“Enquanto isso, os preços da carne bovina caíram devido à fraca demanda nos Estados Unidos, juntamente com o aumento dos embarques da América do Sul, embora a oferta da Austrália tenha caído devido à crescente demanda por gado para reconstrução do rebanho.” Os preços da carne de frango também caíram um pouco por causa da redução de pedidos da China e da Arábia Saudita, finalizou a FAO

Fonte: Valor Econômico e FAO.

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