O índice de preços dos alimentos da FAO subiu 1,2% em setembro em relação a agosto e acumulou alta de 32,8% em 12 meses, impulsionada pela oferta apertada e pela demanda global robusta por produtos como trigo e óleo de palma. O indicador, que fechou o mês passado em 130 pontos, atingiu o maior patamar desde setembro de 2011.
Os preços dos cereais subiram, em média, 2% no mês, puxado pela alta de quase 4% nas cotações mundiais do trigo, que acumularam avanço de 41% nos últimos 12 meses. Também houve forte valorização do arroz. Já os preços do milho tiveram alta apenas marginal, de 0,3%, diante da perspectiva mais favorável para a oferta global, e o início da colheita nos Estados Unidos e na Ucrânia ajudou a pressionar as cotações. Ainda assim, o cereal acumula elevação de 38% no ano.
Em relatório sobre oferta e demanda de cereais, a FAO observou que a demanda projetada para 2021/22 é maior do que a produção esperada. Isso deve levar a um consumo dos estoques, que deverão representar 28,4% da demanda da temporada.
Os preços dos óleos vegetais registraram alta de 1,7% em setembro ante agosto, e acumularam valorização de 60% em relação a setembro do ano passado, diante da forte demanda por importação e de receios quanto à falta de trabalho de imigrantes na Malásia.
Os preços internacionais do leite subiram 1,5%, e os do açúcar tiveram alta de 0,5%.
Já as cotações internacionais das carnes ficaram praticamente estáveis entre agosto e setembro, com altas nas carnes bovina e de ovinos e queda nas carnes de suínos e de aves. Em relação a setembro do ano passado, porém, os preços das carnes estão 26,3% mais altos.
Fonte: Valor Econômico.