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Índice de confiança do agro, de Fiesp e CropLife, subiu no2º tri

A melhora das perspectivas para a economia brasileira, calcada no avanço da vacinação da população contra a covid-19, motivou o aumento do Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil no segundo trimestre. O avanço, contudo, foi limitado pelas intempéries que afetam diversas cadeias agrícolas, pela maior incidência de pragas e doenças nas lavouras e pela queda das cotações dos grãos.

Segundo dados divulgados ontem, o indicador subiu pontos ante o primeiro trimestre de 2021 e alcançou 119,9 pontos, ainda 5,6% abaixo do patamar recorde observado entre julho e setembro do ano passado (127 pontos). A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.

Em nota, Roberto Betancourt, diretor do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, afirma que, de modo geral, o resultado reflete em boa medida, as revisões positivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021, que passaram em 3,2%, no início de abril, para 5,01%, conforme o Boletim Focus. “O recuo da taxa de câmbio também melhorou a situação das empresas com custos em dólar, como é o caso de diversos segmentos de insumos agropecuários”, diz.

Nesse contexto, o indicador que mensura a confiança das indústrias que atuam antes e depois da porteira saltou para 118,5 pontos no segundo trimestre deste ano, ante 110,7 de janeiro e março. “As vendas de insumos agrícolas aqueceram para a temporada 2021/22, e aqueles que puderam fecharam o segundo trimestre antecipando compras em relação ao mesmo período dos anos anteriores. O objetivo foi amenizar o impacto das recentes altas nos preços de fertilizantes e defensivos”, afirma na nota Christian Lohbauer, presidente da CropLife Brasil, que representa empresas de insumos.

Já o índice que mede a confiança dos produtores agropecuários caiu 5 pontos, para 121,7 pontos de abril e junho. Entre os agricultores, houve queda de 6,5 pontos, para 121,4 pontos; entre os pecuarista a retração foi modesta – 0,4 ponto, para 122,5 pontos. Embora a expectativa dos pecuaristas para os preços tenham piorado, a baixa dos preços dos grãos é bem recebida, sobretudo por criadores de aves e suínos.

As informações são do Valor Econômico.

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