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8 de setembro de 2021
China foi o destino de 59%das exportações de carne bovina de janeiro a agosto
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Importação chinesa de carnes caiu em agosto

As importações de carnes pela China somaram 758 mil toneladas em agosto, 8,9% menos que no mesmo mês no ano passado, de acordo com dados da alfândega do país asiático compilados pela agência Reuters. A queda está relacionada aos preços mais baixos da carne suína no mercado doméstico, que desestimulam as importações. 

Apesar dessa redução em agosto, nos primeiros oito meses do ano as importações chinesas de carnes alcançaram 6,69 milhões de toneladas, aumento de 1,7% em relação a igual intervalo do passado, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas. A China é o principal destino das exportações brasileiras de carnes bovina e suína, com participação que ultrapassa 60% no volume total de embarques. 

A redução das importações chinesas no mês passado teve reflexos nas vendas de carne suína do Brasil ao exterior. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume total (in natura e processada) alcançou 91 mil toneladas em agosto, e renderam US$ 209,1 milhões. Ante o mesmo mês do ano passado, o volume caiu 7,5% e a receita permaneceu estável. 

Nos primeiros oito meses de 2021, o volume total exportado chegou a 756,5 mil toneladas, 11,5% mais que em igual intervalo de 2020. Já a receita acumulada aumentou 21,3%, para US$ 1,805 bilhão. A China permaneceu como o principal destino dos embarques e absorveu 391,1 mil toneladas de janeiro a agosto, alta de 17%.

No caso da carne bovina, as compras chinesas permaneceram aquecidas e as exportações brasileiras – 59% destinadas ao país – bateram recorde em agosto, como já informou o Valor. Mas a expectativa é de retração em setembro, por causa da suspensão temporária das vendas à China após a confirmação de dois casos atípicos do mal da “vaca louca” no Brasil, em Belo Horizonte e Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso. 

Os casos atípicos no país não representam riscos à saúde ou à produção da proteína, como confirmou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mas os protocolos sanitários entre Brasil e China preveem interrupção das vendas em situações como essas. No fim da semana passada, o risco de suspensão – confirmada no sábado) derrubou os preços do boi gordo e gerou quedas das ações dos frigoríficos na B3. 

Mas na segunda-feira, depois da manifestação da OIE, o boi, voltou a subir e os papéis de Minerva Foods, JBS e Marfrig se recuperaram. A Minerva, que havia caído mais na sexta-feira, liderou as altas (6,68%), seguida por JBS (3,22%) e Marfrig (2,58%), segundo o Valor Data. 

Fonte: Valor Econômico.

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