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IMEA: preço firme dificulta a reposição

Ao menos os embarques de miúdos de carne bovina de Mato Grosso finalizaram bem o primeiro trimestre deste ano. O volume exportado de 5.640 toneladas neste trimestre foi 45% maior do que o volume registrado no mesmo período do ano passado. Com isso, o valor total arrecadado pelas exportações acompanhou esse crescimento, passando de US$ 9,7 milhões para US$ 15 milhões no ano, aumento de 53%. Grande parte desse crescimento das vendas do produto mato-grossense no mercado internacional é atribuída à demanda por parte do mercado consumidor chinês. A China vem registrando expansão nas compras, visto que representava no período de 2007 o destino de 46% do volume embarcado, enquanto neste trimestre sua participação evoluiu para 75% do total enviado ao exterior. Outro fato que beneficiou os exportadores foi o aumento do valor médio da tonelada embarcada, que passou de US$ 2.516 em 2011 para US$ 2.662 neste ano, aumento de 5,8%.

Oferta e Demanda

Baseado na média móvel de cinco dias verifica-se uma escalada, nos últimos 30 dias, no preço da arroba do boi gordo à vista, consolidando o mercado com o preço em um novo patamar. A análise se inicia no dia 3 de abril a um preço de R$ 82,93/@ e registra o pico de alta no dia 17, quando a arroba atinge R$ 84,38, incrementando 1,75% em seu preço. A partir daí os preços do boi pago ao produtor se tornaram estáveis e encerram a análise ao preço de R$ 84,16/@, acúmulo de 1,48% em relação ao início da série. Ainda no dia 3, a escala média de abate era de 6,20 dias e atingiu o menor patamar no dia 11 com 5,64 dias, registrando recuo de 9,0%. Com uma já sensível menor oferta de fêmeas para o abate, a menor escala dos frigoríficos levou os compradores às compras, ofertando um melhor preço na arroba do boi.

Preços da semana

A média dos preços no Estado de Mato Grosso fechou a semana em alta de 0,09% e 0,33% para a arroba do boi e da vaca gorda, respectivamente. Sendo assim o preço praticado no boi gordo encerrou nos R$ 84,06/@ à vista e da vaca gorda ficou com média de R$ 75,84/@.

Noroeste: As cotações do preço praticado na arroba do boi gordo à vista no noroeste do Estado encerraram em R$ 83,21/@, apresentando valorização de 0,19% com relação à média anterior.

Norte: No norte do Estado a arroba apresentou valorização de 0,64% com relação à semana passada, ficando com o preço cotado a R$ 83,89. Variação de R$ 0,38/@ a mais.

Nordeste: Nesta macrorregião houve registro dedesvalorização de 0,58% com relação à semana precedente, com a preço encerrando nos R$ 82,45/@ à vista.

Médio-Norte: Nesta porção do Estado a média semanal terminou a semana nos R$ 83,75/@, movimento de alta, com relação à semana anterior, de 0,46%.

Oeste: O preço médio da arroba do boi gordo encerrou a semana com variação positiva de 1,06%, sendo comercializado no fim da semana a R$ 86,94/@. Na cidade Porto Esperidião houve negócios com precificação à vista de R$ 87,00/@ na última sexta-feira.

Centro-Sul: Na região centro sul, a arroba do boi gordo terminou a semana em alta de 0,75% em relação a semana anterior. Com esse leve aumento a região encerrou cotada a R$ 87,22/@. Negociações foram realizadas na cidade de Tangará da Serra, a R$ 91,00/@ a prazo, no dia 06 de outubro.

Sudeste: Com valorização de 0,67% a arroba do boi gordo nesta região, fechou a semana sendo comercializada a R$ 85,50, incremento de R$ 0,57 em relação à média da semana passada. Negociações foram realizadas na cidade de Rondonópolis à vista de R$ 87,00/@, na última sexta-feira.

Reposição

A relação de troca entre o boi gordo (16,5@) e o bezerro (12 meses) em Mato Grosso, no primeiro trimestre deste ano sofreu queda em comparação ao ano passado. Enquanto nos primeiros três meses do ano passado com a venda de um boi gordo compravam-se 2,17 bezerros, a mesma operação no último trimestre passou para 2,01 bezerros, baixa de 7,3% no poder aquisitivo do invernista. Isto devido ao preço ainda firme do animal jovem, com ligeira queda de 0,5%, enquanto a arroba do boi gordo acumulou queda de 7,8% no mesmo período. Apesar do menor patamar da relação de troca encontrada neste primeiro trimestre do ano, esta ainda se encontra em nível superior ao registrado no respectivo período dos anos de 2009 e 2010, quando estava em 1,82 bezerros/boi.

 

Relação de troca

No fechamento do primeiro trimestre do ano alguns insumos registraram valorização em parte deles, como, por exemplo, o mata bicheiras Fort Dodge, que fechou em alta de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, cotado a R$ 5,31/lata 500 ml. Porém não houve tanto alívio para o produtor, uma vez que o boi gordo vinha em constante queda, variando negativamente 10,4% no mesmo período, com a média de R$ 82,92/@ em março. Isso afetou diretamente na relação de troca entre o produto da Fort Dodge e o produto final do pecuarista, fazendo com que sua relação de troca passasse de 18,0 latas/@, em março do ano passado para 15,6 latas/@ em março, reduzindo o poder de compra do produtor. Os custos com a sanidade animal, em grande parte, apresentaram aumento nos últimos 12 meses, em contramão ao preço do boi gordo.

Mercado futuro

O contrato futuro do boi gordo para maio registrou ligeira desvalorização no acumulado desta semana. O próximo vencimento iniciou os trabalhos desta semana com baixa de R$ 0,25/@ no fechamento de segunda-feira. Após o feriado de terça-feira, mesmo com uma sensível alta da cotação na quarta-feira, os preço no mercado futuro retornaram a registrar queda, encerrando os trabalhos na sexta-feira com o contrato negociado a R$ 94,30/@. No mercado físico, as cotações também não obtiveram alta, com o indicador Esalq/BM&FBovespa chegando ao preço de R$ 93,86/@ na sexta-feira, retornando ao patamar do dia 23 do mês passado.

Fonte: Imea, adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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