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IMEA: arroba se valoriza na semana e diferença com SP aumenta

Na primeira semana do mês de outubro a media da arroba em MT se mantém nos R$86,5 e em SP nos R$99,5, registrando spread de 15,1% entre os preços. Esse aumento no spread é devido à desvalorização mais acentuada registrada no preço de SP de 1,1%.

A exportação de carne bovina brasileira in natura em setembro registrou o volume de 74,2 mil toneladas, obtendo um aumento de 12,6% em relação ao mês passado e apesar da alta, o embarque no acumulado do período de janeiro a setembro de 2011 ainda apresenta um recuo de 19,9%. No entanto, a valorização do preço da carne bovina no mercado internacional fez a receita obtida pelos exportadores chegar ao último mês a US$ 390,9 milhões, um aumento de 22,0% em relação a setembro passado.

Com isso, a carne brasileira, que vinha perdendo espaço no exterior, voltou a ganhar mercado em grande parte devido ao recente movimento de valorização do dólar, que trouxe como efeito positivo o aumento da competitividade da proteína animal brasileira no mercado internacional. Ao passo que, se permanecer ou elevar seu patamar, a taxa de câmbio, que em outubro registra a média de R$ 1,89, pode ser o fator para gerar um aumento da demanda de nossa carne, que tem sido sustentada nos últimos tempos graças ao forte apetite do mercado interno.

Oferta e Demanda

Neste último mês de setembro, a arroba no Estado do MT terminou com media de R$86,00, apresentando queda de 1,3% com relação a agosto. Analisando o mesmo período, o estado de SP encerrou com a arroba sendo comercializada com media de R$98,6/@, desvalorização de 2,6% quando comparado com o mês anterior.

Quanto ao spread, referente ao período em análise, este finalizou o mês em SP 14,7%, valor 1,51 pontos percentuais menor que em agosto. Na série de preços observada, o maior spread registrado se encontra no mês de dezembro de 2010, e era de 17,2%, período em que ambos os estados registraram quedas acentuadas em suas medias mensais.

Na primeira semana do mês de outubro a média da arroba em MT se mantém nos R$86,5 e em SP nos R$99,5, registrando spread de 15,1% entre os preços. Esse aumento no spread é devido à desvalorização mais acentuada registrada no preço de SP de 1,1%.

Preços da semana

Com incremento de 0,98% a arroba do boi gordo no mercado físico mato-grossense encerrou a semana cotada a R$ 86,68. O preço médio da vaca gorda obteve ligeira valorização de 0,06%, finalizando a semana sendo comercializada a R$ 79,51/@, incremento de R$ 0,05 em relação à semana anterior.

Noroeste: Na região noroeste, a arroba do boi gordo fechou cotada a R$ 87,38, obtendo valorização de 1,18%. Houve registros de negócios na cidade de Juína a R$ 89,00/@ à vista.

Norte: O boi gordo foi negociado na região norte com alta de 0,91%, cotado a R$ 87,83/@ ante R$ 87,04/@ registrado na semana anterior. Houve negociações em Alta Floresta a R$ 88,00/@ à vista.

Nordeste: No nordeste do Estado, o aumento no preço da arroba do boi gordo na última semana foi de 1,30%. O mesmo fechou cotado a R$ 85,32/@. Em Água Boa foi registrada negociação a R$ 87,00/@ a prazo, no dia 05 de outubro.

Médio-Norte: Com leve alta de 0,86%, a arroba do boi gordo fechou a semana cotada a R$ 87,28, aumento de R$ 0,75 na arroba. Negócios foram registrados a R$ 88,00/@ à vista, em Vera.

Oeste: O preço médio da arroba do boi gordo encerrou a semana com variação positiva de 1,06%, sendo comercializado no fim da semana a R$ 86,94/@. Na cidade Porto Esperidião houve negócios com precificação à vista de R$ 87,00/@ na última sexta-feira.

Centro-Sul: Na região centro sul, a arroba do boi gordo terminou a semana em alta de 0,75% em relação a semana anterior. Com esse leve aumento a região encerrou cotada a R$ 87,22/@. Negociações foram realizadas na cidade de Tangará da Serra, a R$ 91,00/@ a prazo, no dia 06 de outubro.

Sudeste: Com valorização de 0,67% a arroba do boi gordo nesta região, fechou a semana sendo comercializada a R$ 85,50, incremento de R$ 0,57 em relação à média da semana passada. Negociações foram realizadas na cidade de Rondonópolis à vista de R$ 87,00/@, na última sexta-feira.

Reposição

Neste último mês de setembro o preço do bezerro de 12 meses terminou com desvalorização de 0,72%, ficando com média de R$689,30/cabeça, sendo o menor preço médio desde janeiro deste ano. No entanto, a média do mês de setembro deste ano é 3,73% superior a cotação registrada no mesmo período de 2010.

Na série histórica observada, de janeiro de 2010 a outubro de 2011, o pico foi registrado no mês de abril deste ano quando a cabeça estava cotada a R$705,99, desde então o preço deste animal vem registrando queda, apesar de, o preço do bezerro neste início de outubro ficar praticamente estável, com ligeira queda de 0,01%. O preço abaixo da expectativa no mercado do boi gordo, e um sensível aumento da oferta deste animal no mercado de reposição favoreceram para o esfriamento do preço.

Relação de troca

Utilizado no combate a infecções, o antibiótico agrovet plus encerra o mês de agosto em alta de 0,3% comparado ao mês anterior. Em relação a agosto de 2010, essa variação positiva apresenta incremento de 11,5% no preço praticado no varejo. Na mesma tendência segue a precificação do boi gordo à vista, que em relação ao mesmo período do ano passado obteve valorização de 13,7%.

A relação de troca entre os dois produtos em agosto estava em 3,3 frascos/@ ante 2,5 frascos/@ registrado em agosto de 2009, alta de 32,4%. Sendo assim, hoje o pecuarista mato-grossense consegue comprar um litro do antibiótico agrovet plus com a venda de 3,3 arrobas de boi gordo à vista. A valorização ocorrida no preço da arroba foi mais expressiva que o aumento registrado no preço do antibiótico, se tornando assim mais atrativa ao pecuarista.

Mercado futuro

O contrato futuro do boi gordo com vencimento para outubro de 2011 chegou obter alta de R$ 1,39/@ nos dois primeiros pregões da semana, mas acabou recuando, a partir de quarta-feira, e fechou na sexta-feira cotado a R$ 100,88/@, acumulando ligeira queda de R$ 0,15 em relação ao fechamento da semana anterior.

Apesar do recuo da oferta de bois terminados no mercado físico, as escala de mais de uma semana no Estado de São Paulo ainda favorece os frigoríficos que seguem exercendo pressão. Com isso, o mercado físico fez o mercado futuro recuasse mais intensamente seu spread com o indicador financeiro nesta semana, que na sexta-feira (7) estava em R$ 1,89.

Fonte: Imea, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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