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IGC projeta a produção global de grãos em 2020/21 em 2,227 bilhões de toneladas

SERTÃO SANTANA, RS, BRASIL, 10.07.13: Colheita de milho em Sertão Santana. Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini

O Conselho Internacional de Grãos (IGC), com sede em Londres, ajustou sua estimativa para a produção mundial de grãos na safra 2020/21 para 2,227 bilhões de toneladas. O volume é levemente inferior ao estimado em agosto (2,23 bilhões de toneladas) e, se confirmado, representará um aumento de 2,1% em relação ao total de 2019/20 e será um novo recorde histórico.

Segundo os novos números da entidade, o consumo global chegará a 2,22 bilhões de toneladas, 2 milhões a menos que o projetado em agosto e com aumento de 1,7% ante 2019/20. Assim, os estoques de passagem passaram a ser calculados em 629 milhões de toneladas, ante as 630 milhões estimadas no mês passado e as 622 milhões do ciclo anterior.

O quadro da entidade indica também que o comércio de grãos movimentará 398 milhões de toneladas em 2020/21, mais que o projetado em agosto (395 milhões) e que o calculado para 2019/20 (394 milhões, nos dois casos).

Para o milho, o IGC reduziu sua projeção para a produção em 2020/21 para 1,16 bilhão de toneladas, ante 1,121 bilhão em 2019/20, ajustou para baixo o cenário para o consumo (1,176 bilhão de toneladas, ante 1,145 bilhão em 2019/20), baixou a previsão para os estoques (285 milhões de toneladas, ante 300 milhões em 2019/20), e ampliou o cálculo para o comércio (178 milhões de toneladas, ante 173 milhões em 2019/20).

No quadro do trigo, a entidade manteve as projeções para a produção (763 milhões de toneladas, ante 762 milhões em 2019/20), para o consumo (749 milhões de toneladas, ante 745 milhões em 2019/20), para os estoques (294 milhões de toneladas, ante 279 milhões em 2019/20), e elevou a estimativa para o comércio para 183 milhões de toneladas, ante 185 milhões em 2019/20.

No cenário traçado para a soja, o IGC manteve a previsão para a produção mundial em 373 milhões de toneladas, acima das 338 milhões em 2019/20 — graças a incrementos no Brasil e nos Estados Unidos, que puxam a colheita global —, corrigiu para cima a estimativa para o consumo (369 milhões de toneladas, ante 354 milhões em 2019/20), baixou os estoques (50 milhões de toneladas, ante 47 milhões em 2019/20) e ampliou o comércio (165 milhões de toneladas, ante 164 milhões em 2019/20).

No caso do arroz, finalmente, a produção global em 2020/21 foi reduzida para 504 milhões de toneladas, ante 497 milhões em 2019/20, o consumo permaneceu em 500 milhões de toneladas, ante 497 milhões em 2019/20, o estoque foi ajustado para 180 milhões de toneladas, ante 175 milhões em 2019/20, e o comércio foi elevado para 46 milhões de toneladas, ante 42 milhões em 2019/20.

O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e um dos maiores no caso do milho. No mercado de trigo, é um grande importador e no de arroz o comércio exterior ainda é menos relevante.

Fonte: Valor Econômico.

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