Mercado Físico da Vaca – 15/10/09
15 de outubro de 2009
Mercados Futuros – 16/10/09
19 de outubro de 2009

Ibope: pesquisa não se compara a estudos do Incra

O Instituto Ibope afirmou nessa quinta-feira (15), por meio de nota à imprensa, que "não há sentido" em fazer uma comparação entre a pesquisa sobre os assentamentos brasileiros que foi solicitada pela CNA e os demais estudos do Incra. Segundo o Ibope, trata-se de "universos distintos", já que a pesquisa divulgada esta semana pela CNA refere-se apenas aos "assentamentos consolidados em nove Estados brasileiros". "A pesquisa trata de condições gerais de vida dos assentados e não somente do tipo de atividade econômica praticada pelas famílias".

O Instituto Ibope afirmou nessa quinta-feira (15), por meio de nota à imprensa, que “não há sentido” em fazer uma comparação entre a pesquisa sobre os assentamentos brasileiros que foi solicitada pela CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – e os demais estudos do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Segundo o Ibope, trata-se de “universos distintos”, já que a pesquisa divulgada esta semana pela CNA refere-se apenas aos “assentamentos consolidados em nove Estados brasileiros”.

“A pesquisa trata de condições gerais de vida dos assentados e não somente do tipo de atividade econômica praticada pelas famílias. O Ibope espera, com este estudo, contribuir para um debate mais amplo do que este que tem ocorrido até este momento, centrado exclusivamente na questão da produção ou não nas propriedades pesquisadas, já que o escopo do estudo é muito mais amplo”, diz o Ibope, na nota.

A pesquisa da CNA, elaborada pelo Ibope, afirmava, entre outras coisas, que 72% dos assentamentos do país não produzem o suficiente para gerar renda e que 37% dos assentados brasileiros vivem mensalmente com, no máximo, um salário mínimo. Na quarta-feira (14), o MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – criticou a pesquisa, afirmando que ela não tem relevância porque analisou apenas nove assentamentos.

O Ibope negou ter qualquer posicionamento sobre a reforma agrária no país e disse que “todas as informações da pesquisa foram levantadas diretamente com os responsáveis pelas famílias, dentro das propriedades”.

As informações são da Revista Globo Rural, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Leonardo Siqueira Hudson disse:

    Seria bastante interessante que o nosso presidente que gosta tanto de andar de avião fosse pessoalmente à campo acompanhado da imprensa, ministro da reforma agrária, CNA, bancada ruralista para avaliar a real situação dos assentamentos.
    Isto seria bom tanto para os assentamentos como para o setor produtivo do pais.

  2. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Parabéns a iniciativa da pesquisa da CNA e IBOPE, espero que os resultados sejam ferramentas para estudos utilizados para colaborar com a evolução, em ambas expectativas quantidade, qualidade e sustentabilidade de alimentos nacional.

    Aprender com o passado, entender o presente e planejar o futuro pode ser um caminho vitorioso a seguir, caçar bruxas hoje em dia requer tempo e recursos!

  3. Eugenio Mario Possamai disse:

    A pesquisa realizada pela CNA através do IBOPE, é uma realidade dos assentamentos de nosso País, quando o governo fala em produção agrícola, ele não menciona assentamentos separados, ele inteligentemente engloba os pequenos produtores de nosso País, dos quais eu também faço parte e produzo dentro das minhas possibilidades muito bem obrigado, com isto ele o governo mascara a realidade dos assentamentos que em sua totalidade ou na maioria absoluta não produz para sua substência mesmo, pois em nosso município temos diversos assentamentos, aqueles que produzem alguma coisa, não são os que pegaram a terra do governo, mas sim os que compraram deles e agora estão produzindo algo, os sem terra, somente pegam as terras para usufruirem dos benefícios iniciais do governo e depois sem ter o que fazer as vendem a outros, isto é de praxe, e estão novamente sem terra denovo, partindo para outra invasão novamente, isto é um circulo que não para, e nosso governo não dispõem de medidas para frear essa onda ou não deseja na verdade, agora dizer que assentados são auto suficientes é uma balela.

  4. walter Luiz Birk disse:

    Faço de minhas palavras a realidade citada pelo Sr. Eugenio.
    Já andei muito pelo Brasil, e essa realidade é encontrada em todos os lugares que vou: Desde o RS onde meus pais moram, até no Pará onde tive a oportunidade de passar em várias fazendas invadidas.

    Com relação ao que o Sr. Pedro citou, dizendo que existe norma no INCRA onde quem vendeu terra não tem direito a novo assentamento pode até existir. Mas na prática o que pode ser visto que essas mesmas pessoas cadastram sua esposa, filhos ou outros parentes. Até sogra já vi um cara cadastrando no Pará!!!

plugins premium WordPress