Mercado futuro do boi gordo –15-09-2015
16 de setembro de 2015
Atacado –15-09-2015
16 de setembro de 2015

IBGE: Brasil registra forte queda nos abates de bovinos no segundo trimestre

I – Produção Animal no 2o trimestre de 2015

1. Abate de animais

1.1 – Bovinos

No 2o trimestre de 2015, foram abatidas 7,63 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 1,4% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior (7,74 milhões de cabeças) e 10,7% menor que a apurada no 2o trimestre de 2014 (8,54 milhões de cabeças). O Gráfico I.1 mostra a evolução do abate de bovinos por trimestre, desde o 1o trimestre de 2010.

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Como não há variações acentuadas no peso médio das carcaças, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica trimestral do peso acumulado de carcaças (Gráfico I.2) segue o mesmo comportamento da série do abate de bovinos. A produção de 1,84 milhões de toneladas de carcaças bovinas no 2o trimestre de 2015 foi 0,4% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior (1,84 milhões de toneladas) e 8,3% menor que a registrada no 2o trimestre de 2014 (2,01 milhões de toneladas).

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O peso médio das carcaças no 2o trimestre de 2015 foi de 241,8 kg/animal, sendo 6,2 kg/animal (2,6%) maior que no mesmo período do ano anterior. Contribuiu para esse aumento, a maior participação relativa de machos – que são mais pesados que as fêmeas – no total de bovinos abatidos (Gráfico I.3). Aumentos na participação de machos (ou diminuição na participação das fêmeas) foram verificados nos comparativos 2015/2014 e 2014/2013, entre os 1os e os 2os trimestres. A diminuição no abate de matrizes pode ser entendida como reflexo da preocupação dos pecuaristas com a reposição do rebanho, como também em oportunidade de suprir a baixa oferta de animais para reposição, estimulada pela escassez de chuvas e pelo aumento do abate de fêmeas em períodos anteriores.

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Em nível nacional, o abate de 912,32 mil cabeças de bovinos a menos no 2o trimestre de 2015, em relação a igual período do ano anterior, teve como destaque quedas ocorridas em: Mato Grosso (-202,95 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-160,73 mil cabeças), Goiás (- 131,29 mil cabeças), São Paulo (-130,05 mil cabeças), Minas Gerais (-82,37 mil cabeças) e Paraná (-58,70 mil cabeças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em outras Unidades da Federação (UFs), com destaque aos ocorridos no Pará (+38,80 mil cabeças) e no Rio de Janeiro (+10,07 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e Minas Gerais (Gráfico I.4).

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Segundo o Cepea, as médias mensais dos preços da arroba bovina de janeiro a junho de 2015 mantiveram-se mais altas que nos respectivos meses de 2014 (Gráfico I.5). O aumento médio, no comparativo desses períodos, foi da ordem de 20,9%. Em 20 de abril de 2015 foi registrado o preço recorde na série histórica: R$ 150,65/@ – considerando o intervalo de 23 de julho de 1997 a 30 de junho de 2015.

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De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, com exceção do Lagarto redondo, todos os cortes de carne bovina tiveram incrementos de preços de janeiro a junho de 2015, alguns acima e outros abaixo do Índice geral de inflação (Gráfico I.6).

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Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no 2o trimestre de 2015, as exportações brasileiras de carne bovina in natura aumentaram em volume e faturamento no comparativo com o trimestre imediatamente anterior. Contudo, foram menores que as registradas no 2o trimestre de 2014 (Tabela I.1). O preço médio da commodity apresentou reduções em ambos os comparativos.

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Rússia (20,5% de participação), Egito (15,7%), Irã (13,3%), Hong Kong (12,6%), Venezuela (10,0%), Chile (4,5%), Argélia (3,1%), Itália (2,2%), Emirados Árabes (1,8%) e Cingapura (1,7%) foram os dez principais destinos da carne bovina in natura brasileira, respondendo juntos por 85,5% da carne exportada no 2o trimestre de 2015. Nesse período, o produto foi exportado para 63 destinos.

Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 2o trimestre de 2015, 1.209 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 212 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 393 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 604 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 78,8%; 15,8% e 5,4% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

2. Aquisição de Couro

No 2o trimestre de 2015, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que curtem pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,09 milhões de peças inteiras de couro cru de bovino. Essa quantidade foi 0,2% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 11,9% menor que a registrada no 2o trimestre de 2014. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, respondendo juntos por 89,5% do total apurado no período (Tabela I.7).

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A redução de 1,09 milhão de peças inteiras de couro em nível nacional, no comparativo dos 2os trimestres 2015/2014, teve como destaque quedas em: Paraná (-269,42 mil peças), Mato Grosso do Sul (-241,60 mil peças), Mato Grosso (-201,70 mil peças), Goiás (-178,90 mil peças), Rio Grande do Sul (-143,36 mil peças), Bahia (-91,23 mil peças) e Minas Gerais (- 74,83 mil peças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em outras cinco UFs, com destaque a Rondônia (+140,32 mil peças) e Tocantins (+26,17 mil peças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o recebimento de couro pelos curtumes, seguido por São Paulo e Mato Grosso do Sul (Gráfico I.15).

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No 2o trimestre de 2015, 99,9% das peles recebidas pelos curtumes foram curtidas. O método mais utilizado para o curtimento foi ao cromo (96,7%), seguido pelo ao tanino (3,1%) e por outros métodos (0,2%). O cromo foi utilizado em 19 das 20 UFs com pelo menos um curtume pertencente ao universo da pesquisa no referido trimestre. O tanino foi utilizado em oito UFs, totalizando 249,01 mil peças: Santa Catarina (40,9% do total curtido ao tanino), Paraná (19,0%), Rio Grande do Sul (17,7%), São Paulo (10,9%), Minas Gerais (8,7%), Pernambuco (1,9%), Mato Grosso do Sul (0,5%) e Rondônia (0,5%). Somente Santa Catarina utilizou exclusivamente tanino no processo de curtimento do couro. São Paulo e Piauí foram as únicas Unidades da Federação a usarem outros métodos de curtimento de couro, 80,9% e 19,1% respectivamente do total desta variável.

A diferença entre o total de peças inteiras de couro cru de bovino recebido pelos curtumes (Pesquisa Trimestral do Couro) e a quantidade de bovinos abatidos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (Pesquisa Trimestral do Abate de Animais) é uma proxy do abate não-fiscalizado. Contrastando as séries históricas dessas duas variáveis (Gráfico I.16), pode-se inferir que o abate não-fiscalizado tem diminuído com o passar dos anos, chegando ao patamar de 5,8%, no 2o trimestre de 2015.

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Participaram da Pesquisa Trimestral do Couro, no 2o trimestre de 2015, 111 curtumes. Amazonas, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e Distrito Federal são as únicas Unidades da Federação que não possuem curtumes elegíveis ao universo da pesquisa.

II – TABELAS DE RESULTADOS – BRASIL

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Abate de Animais – Brasil – 2013 e 2014

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Aquisição de Couro Cru Bovino – Brasil – 2015

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III – TABELAS DE RESULTADOS – UNIDADES DA FEDERAÇÃO – 2o TRIMESTRE

Captura de Tela 2015-09-16 às 09.44.53Captura de Tela 2015-09-16 às 09.46.09Fonte: IBGE.

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