Congresso internacional da carne 2013, 25 a 27 de junho, FAEG IMS OPIC
13 de dezembro de 2012
XVII curso “Novos Enfoques na Produção e Reprodução de Bovinos”, dias 14 e 15 de março, em Uberlândia/MG
13 de dezembro de 2012

IBGE: abate de bovinos no 3T12 registrou recorde, sendo 10% maior que no 3T11

Algumas razões colaboraram para estes recordes alcançados, como a redução dos preços da carne bovina ao longo do ano e o aumento das exportações.

No 3° trimestre de 2012 (3T12), o abate de bovinos atingiu a marca recorde de 8,027 milhões de cabeças abatidas (Gráfico I.1). Esse valor foi 5,0% maior que o registrado no trimestre anterior e 10,2% superior ao registrado no mesmo período de 2011. O valor mais alto na série histórica do abate de bovinos, desde 1997, havia sido alcançado no 1º trimestre de 2007, com a marca de 7,957 milhões de cabeças abatidas.

O peso acumulado de carcaças também foi recorde no 3T12, alcançando 1,911 milhão de toneladas (Gráfico I.2). Esse valor foi 6,2% maior que o registrado no trimestre imediatamente anterior e 9,7% superior ao registrado no mesmo período de 2011. O valor mais alto na série histórica do peso acumulado de carcaças de bovinos, desde 1997, havia sido alcançado no 2º trimestre de 2010, com a marca de 1,828 milhões de toneladas.

Algumas razões colaboraram para estes recordes alcançados, como a redução dos preços da carne bovina ao longo do ano e o aumento das exportações. De acordo com dados do IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), os subitens da carne bovina apresentaram deflação média acumulada de 4,1% de janeiro a setembro de 2012, enquanto os itens: Carne suína, Pescados e Aves e ovos, principais concorrentes da carne bovina, apresentaram inflação de 2,05%; 6,34% e 6,03%, respectivamente.

Segundo o indicador ESALQ/BM&F Bovespa do Cepea o preço da arroba bovina variou de R$ 88,71 a R$ 97,13, de 2 de julho a 28 de setembro de 2012, sendo a média dos preços da arroba no 3º trimestre de 2012 (R$ 92,37) 5,2% menor que a média do mesmo período do ano anterior (R$ 97,43).

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação brasileira de carne bovina in natura no 3º trimestre de 2012 registrou melhor desempenho em relação ao mesmo período do ano anterior e ao 2º trimestre de 2012, tanto em volume como em faturamento (Tabela I.1). O aumento do volume embarcado foi o que garantiu aumento no faturamento, haja vista que o preço médio internacional seguiu em baixa.

Rússia (26%), Egito (17%), Ira (14%), Hong Kong (9%), Chile (6%), Venezuela (5%) e Arábia Saudita (3%) responderam por 80% das exportações da carne bovina in natura do Brasil. São Paulo (27%), Mato Grosso (18%), Goiás (16%), Mato Grosso do Sul (11%), Rondônia (9%) e Minas Gerais (7%) participaram com 90% do volume exportado no 3º trimestre de 2012.

O aumento de 742.817 cabeças de bovinos (10,2%), no comparativo do 3º trimestre de 2012 com o mesmo período de 2011, foi representado pelo abate de 207.450 bois, 342.190 vacas, 37.646 novilhos e 162.278 novilhas a mais que no 3T12. Esses aumentos representaram incrementos da ordem de 5,1%; 15,0%; 7,6% e 36,2% dentro das respectivas categorias.

Devido ao maior incremento no abate de fêmeas em relação ao de machos, o peso médio das carcaças (238,1 kg/carcaça) foi 1,2 kg (0,5%) menor do que no 3T11. Entretanto, foi 2,9 kg (1,2%) maior que no 2º trimestre, sobretudo, devido à redução da proporção de vacas e ao aumento da proporção de bois no abate total, comportamento tipicamente comum na série histórica da participação de bois e vacas (Gráfico I.3).

Na comparação dos terceiros trimestres 2012/2011, a Região Nordeste foi a única que apresentou decréscimo no abate de bovinos, puxado, sobretudo, pela redução de 26,8% do abate de bovinos em Pernambuco (Tabela III.1.1, Tabela de Resultados). A Região Centro-Oeste respondeu por 38,6% do abate nacional, com incremento de 14,5% frente ao 3º trimestre de 2011; a Região Sudeste, por 20,8%, com incremento de 12,7%; a Região Norte, por 18,7%, com incremento de 3,0% e a Região Sul, por 11,9%, com incremento de 14,8%.

No ranking do abate de bovinos, as dez primeiras Unidades da Federação e Santa Catarina apresentaram aumentos no comparativo dos terceiros trimestres 2012/2011 (Gráfico I.4). Todas essas, com exceção de São Paulo, que é a principal origem da carne bovina in natura exportada do Brasil, apresentaram aumentos na exportação em relação ao 3º trimestre de 2011 (Tabela I.2; Secex, 2012).

No 3T12, participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais 1 363 informantes do abate de bovinos. Dentre eles, 211 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 426 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 726 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 78,3%; 15,6% e 6,1% do peso acumulado das carcaças produzidas no trimestre. Todas as Unidades da Federação apresentaram abate de bovinos sob algum serviço de inspeção sanitária.

Fonte: IBGE, adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress