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IBGE: Abate de bovinos é o menor para um 3° trimestre desde 2016

No 3º trimestre de 2020, foram abatidas 7,69 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 9,5% inferior à obtida no 3° trimestre de 2019 e 4,6% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior. Trata-se do menor resultado para um 3º trimestre desde 2016.

Na comparação mensal, agosto apresentou a maior queda em relação à 2019, com menos 12,4% de cabeças abatidas. A restrição da oferta de animais para abate, principalmente de fêmeas, segue desde o início de 2020. Apesar da retração da atividade na comparação anual, nos meses de julho e agosto houve recordes para a exportação de carne bovina in natura.

O abate de 806,62 mil cabeças de bovinos a menos no 3º trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por reduções em 22 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, as reduções mais significativas ocorreram em Mato Grosso (-116,44 mil cabeças), Minas Gerais (-95,79 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-89,00 mil cabeças), Rondônia (-78,33 mil cabeças), Bahia (-72,51 mil cabeças), Pará (-69,52 mil cabeças), São Paulo (-68,51 mil cabeças), Tocantins (-54,24 mil cabeças), Goiás (-50,47 mil cabeças) e Maranhão (-46,19 mil cabeças). Por outro lado, as maiores variações positivas ocorreram em Santa Catarina (+21,46 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (+4,55 mil cabeças).

Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 18,4% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e São Paulo (10,5%).

Aquisição de couro recua 4,6% com menor oferta de animais para o abate

No 3º trimestre de 2020, os curtumes declararam ter recebido 8,19 milhões de peças de couro bovino, uma redução de 4,6% em relação ao adquirido no 3° trimestre de 2019 e alta de 11,9% frente ao 2° trimestre de 2020. A redução de oferta de animais para o abate, em comparação ao período equivalente do ano passado, também impactou a aquisição de matéria-prima pelos curtumes.

O mês de maior aquisição foi julho, quando foram registradas 2,84 milhões de peças. Cabe lembrar que a Pesquisa Trimestral do Couro investiga apenas os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.

O comparativo entre os 3os trimestres de 2019 e 2020 mostra uma variação negativa de 392,62 mil peças adquiridas pelos estabelecimentos, proveniente da redução em 14 das 19 Unidades da Federação que possuem curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa.

As variações negativas mais expressivas ocorreram em São Paulo (-154,32 mil peças), Pará
(-107,13 mil peças) e Mato Grosso do Sul (-69,56 mil peças). Já o Paraná apresentou a maior variação positiva (+126,04 mil peças).

Mato Grosso continua na liderança das Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 17,4% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,3%) e São Paulo (11,1%).

FONTE: IBGE – Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária – Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha.    
Nota: Os dados relativos ao ano de 2020 são preliminares.     

Fonte: IBGE.

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