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IBGE: Abate de bovinos caiu 0,7% no primeiro trimestre do ano [RELATÓRIO]

1. Abate de animais

1.1 – Bovinos

No 1o trimestre de 2017, foram abatidas 7,37 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,5% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 0,7% maior que a apurada no 1o trimestre de 2016. O Gráfico I.1 mostra que após dois anos de quedas consecutivas no abate de bovinos, nos comparativos entre os 1os trimestres, o abate de bovinos retoma crescimento no 1o trimestre de 2017.

Entretanto, a produção de carcaças bovinas no 1o trimestre de 2017 (1,79 milhão de tonelada) foi 3,3% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 0,7% menor que a apurada no 1o trimestre de 2016 (Gráfico I.2).

Contribuiu para esses decréscimos a maior participação relativa de fêmeas – que em geral são mais leves que os machos – no abate total de bovinos (Gráfico I.3). O peso médio das carcaças foi de 242,8 kg/carcaça, no 1o trimestre de 2017; de 249,8 kg/carcaça, no trimestre anterior; e de 246,1 kg/carcaça, no 1o trimestre de 2016.

O abate de 49,62 mil cabeças de bovinos a mais no 1o trimestre de 2017, em relação ao o mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 11 das 27 Unidades da Federação (UFs). Os aumentos mais intensos ocorreram em Goiás (+97,26 mil cabeças), Tocantins (+27,53 mil cabeças), Rondônia (+25,43 mil cabeças), Pará (+16,72 mil cabeças) e Bahia (+15,67 mil cabeças). Já as maiores reduções ocorreram em São Paulo (- 63,92 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-15,93 mil cabeças), Paraná (-15,06 mil cabeças), Maranhão (-12,9 mil cabeças) e Espírito Santo (-11,85 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,2% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,5%) e Goiás (10,1%), que subiu da 5a para 3a posição no comparativo dos 1os trimestres 2017/2016 (Gráfico I.4).

O preço médio trimestral da arroba bovina no 1o trimestre de 2017 foi de R$ 145,57/@, segundo dados do Indicador do boi gordo Esalq/BM&F Bovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea. Esse preço foi 3,1% e 5,0% menor que a média calculada para o trimestre imediatamente anterior e para o 1o trimestre de 2016, respectivamente, representando a terceira queda trimestral consecutiva do Indicador (Gráfico I.5).

A baixa dos preços também foi percebida pelo consumidor final. De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, dos 13 cortes bovinos acompanhados pela pesquisa, 11deles apresentaram queda de preços no acumulado de janeiro a março de 2017, e todos eles ficaram abaixo do Índice geral da inflação para o período (0,96%) (Gráfico I.6).

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior – Secex, no 1o trimestre de 2017, as exportações brasileiras de carne bovina in natura apresentaram aumento tanto em volume como em faturamento, no comparativo com o trimestre imediatamente anterior. Entretanto, em relação ao mesmo período do ano anterior esses comparativos indicaram queda das exportações. O preço médio internacional da commoditie apresentou aumento em relação ao 1o trimestre de 2016, mas recuou frente aos preços do último trimestre de 2016 (Tabela I.1).

China superou Hong Kong como principal destino das exportações de carne bovina in natura do Brasil, no 1o trimestre de 2017 (Tabela I.2). As maiores quedas absolutas no comparativo do volume exportado no 1o trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior ocorreram no Egito (-42.584 toneladas), em Hong Kong (-16.417 toneladas) e na Venezuela (-6.268 toneladas), que zerou as importações no 1o trimestre de 2017, enquanto os maiores incrementos ocorreram na China (+17.227 toneladas), no Irã (+11.203 toneladas) e na Arábia Saudita (+10.683 toneladas). O produto foi exportado para 70 destinos diferentes, no 1o trimestre de 2017.

Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 1o trimestre de 2017, 1.146 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 190 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 384 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 572 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 77,8%; 16,8% e 5,4% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

3. Aquisição de Couro

No 1o trimestre de 2017, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,25 milhões de peças inteiras de couro cru de bovinos. Essa quantidade foi semelhante a registrada no trimestre imediatamente anterior e 1,7% menor que a apurada no 1o trimestre de 2016. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, que responderam juntas por 89,6% do total captado no período (Tabela I.8).

A aquisição de 140,27 mil peças inteiras de couro cru a menos, em nível nacional, no comparativo dos 1os trimestres 2017/2016, foi impulsionada por reduções em 12 das 21 Unidades da Federação participantes da Pesquisa. As reduções mais intensas ocorreram em Rio Grande do Sul (-204,59 mil peças), Tocantins (-159,47 mil peças) e Minas Gerais (- 34,59 mil peças). Já os maiores aumentos ocorreram em Goiás (+104,98 mil peças), Pará (101,51 mil peças) e Mato Grosso (51,46 mil peças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando a recepção de peles bovinas pelos curtumes, com 17,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,2%) e São Paulo (10,9%) (Gráfico I.17).

A diferença entre o total de peças inteiras de couro cru de bovinos, captadas pelos curtumes (Pesquisa Trimestral do Couro), e a quantidade de bovinos abatidos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (Pesquisa Trimestral do Abate de Animais) pode ser entendida como uma proxy do abate não-fiscalizado. Contrastando as séries históricas dessas duas variáveis (Gráfico I.18), pode-se inferir que o percentual do abate não-fiscalizado, tendo- se como base o couro, apresentou decréscimo do 1o trimestre de 2016 para o mesmo período de 2017, passando de 12,7% para 10,7%.

Participou da Pesquisa Trimestral do Couro, no 1o trimestre de 201, um total de 103 curtumes. Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e Distrito Federal não possuem curtumes elegíveis ao universo da pesquisa.

II – TABELAS DE RESULTADOS – BRASIL – TRIMESTRES DE 2016 E 2017

II.1 – Síntese dos Indicadores da Pecuária para trimestres selecionados

Tabela II.1.1 – Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro e Produção de Ovos de Galinha – Brasil – trimestres selecionados de 2016 e 2017

II.2 – Abate de Animais – Brasil – trimestres e meses de 2016 e 2017

II.2 – Abate de Animais – Brasil – trimestres e meses de 2016 e 2017

III- TABELAS DE RESULTADOS – UNIDADES DA FEDERAÇÃO – 1os TRIM. 2016 E 2017

III.1 – Abate de Animais – Unidades da Federação – 1os trimestres de 2016 e 2017

III.3 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Unidades da Federação – 1
os trimestres de 2016 e 2017

Fonte: IBGE.

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