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Horizonte nebuloso para agroindústrias

Embora algumas áreas continuem a enfrentar dificuldades em meio à pandemia, sobretudo depois do fim do auxílio emergencial do governo, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) aponta que, em geral, a recuperação continua no setor.

Conforme levantamento recém-concluído, o indicador fechou janeiro com variação positiva de 1,2% ante o mesmo mês do ano passado, quando a covid-19 ainda era apenas uma ameaça. Foi o sétimo mês consecutivo de altas nas comparações interanuais, mas, como em dezembro, o resultado foi garantido exclusivamente pelo avanço do ramo de produtos não-alimentícios.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

No grupo de produtos não-alimentícios, o aumento foi de 7,7%, puxado por resultados positivos nas áreas de produtos têxteis (11,2%), insumos (9,7%), borracha (8,7%), produtos florestais (5,5%) e fumo (2,5%). Para os biocombustíveis, contudo, foi mais um mês de queda (13,3%), novamente provocada pela redução da demanda derivada das medidas de isolamento social, por mais que elas não estejam sendo cumpridas como recomendam os profissionais de saúde.

No grupo de produtos alimentícios e bebida, houve retração de 4,3% em janeiro, determinada por baixas de 5,5% na área de alimentos e de 0,5% no caso das bebidas. “Possivelmente, essa contração está associada ao fim do auxílio emergencial (…) Além disso, é importante ressaltar que o segmento foi prejudicado pela inflação persistente dos últimos meses”, diz análise do FGV Agro.

No período de 12 meses encerrado em janeiro, o PIMAgro acumulou queda de 1,1%. Como o desempenho no primeiro mês de 2021 foi positivo, realça a mesma análise, é possível concluir que a agroindústria brasileira está acelerando. Fatores como a volta do auxílio emergencial, mesmo em valores mais baixos, o comportamento da inflação dos alimentos e o recrudescimento da pandemia no Brasil definirão se essa aceleração ganhará ou não tração.

Fonte: Valor Econômico.

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