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Holding da JBS compra Bertin Higiene

Após mais de dois meses de negociações, a J&F Participações Financeiras, holding da JBS, assinou na manhã de ontem o contrato de aquisição das marcas da Bertin Higiene e Limpeza. Com a transação, no valor de R$ 350 milhões, a J&F passa a controlar as marcas Neutrox, OX, Francis, Hydratta e Phytoderm, Kolene e Karina, num conjunto de mais de 600 itens. O negócio deve integrar a área de produtos para consumo da J&F, formado pela operação da Flora Higiene e Limpeza - dona das marcas Albany e Minuano.

Após mais de dois meses de negociações, a J&F Participações Financeiras, holding da JBS, assinou na manhã de ontem o contrato de aquisição das marcas da Bertin Higiene e Limpeza. Com a transação, no valor de R$ 350 milhões, a J&F passa a controlar as marcas Neutrox, OX, Francis, Hydratta e Phytoderm, Kolene e Karina, num conjunto de mais de 600 itens. O negócio deve integrar a área de produtos para consumo da J&F, formado pela operação da Flora Higiene e Limpeza – dona das marcas Albany e Minuano.

A J&F, da família Batista, confirmou ontem a aquisição e informa que deve detalhar a operação ao mercado nos próximos dias. Outra negociação pode envolver a J&F nesse segmento de consumo: a empresa estaria avaliando a compra das marcas Assim e Assolan, da Hypermarcas. A companhia não confirma a informação. Dessa forma, ela dá alguns passos fundamentais para reforçar esse braço de atuação dentro do grupo – que nos últimos anos encolheu e perdeu participação de mercado.

A negociação envolveu também a compra do centro de distribuição da Bertin em Jundiaí (SP). Não houve a venda de fábricas, visto que a Bertin terceiriza a produção para nove fornecedores locais. Cerca de 580 funcionários da Bertin passam a integrar a base de empregados da J&F.

“O foco do grupo Bertin é energia e infraestrutura e a área de consumo pode exigir investimentos que eles não querem fazer nesse negócio agora”, conta uma fonte próxima às negociações. Fundos de investimentos também avaliaram a hipótese de compra da Bertin e, entre eles, a Actis, dona da Gtex, fabricante das marcas Urca e AmazonH2O.

A JBS e Bertin são sócias em outros negócios. Em 2009 elas se fudiram na área de carnes e da nova holding nesse segmento, a Bertin tem 40% e a JBS 60% do capital.

Os recursos que entram no caixa do grupo Bertin chegam em um momento conturbado envolvendo pendências financeiras da empresa. Em fevereiro, a companhia deixou o consórcio de Belo Monte por não apresentar garantias suficientes para um financiamento, o que levou a informações de mercado de que a empresa estaria em dificuldades financeiras – algo que ela nega. Em março, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) determinou que o grupo deveria pagar R$ 33 milhões por descumprir prazo de geração de energia de seis termelétricas. E determinou o pagamento de multa, estimada em R$ 38 milhões.

Com um faturamento de R$ 487 milhões em 2010, a Bertin Higiene e Beleza entra nos negócios da família Batista, controladora da holding J&F, para reforçar uma operação que perdia terreno. O objetivo da companhia é ampliar ganhos nesse segmento de higiene e beleza, que opera com margens altas e tem alguma sinergia com o negócio de frigoríficos (o sebo de boi é a principal matéria-prima do setor).

Com as duas marcas, Albany e Minuano, a Flora chegou a lucrar R$ 32,2 milhões em 2007 e naquele ano acumulou patrimônio de R$ 240 milhões. Nos dois anos seguintes, o negócio perdeu fôlego porque recebeu menos investimentos. Em 2009, a Flora teve prejuízo de R$ 40,2 milhões e o patrimônio encolheu 40% em relação a 2007, segundo demonstrações contábeis publicadas pela J&F.

A reportagem é do jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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