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Hambúrguer vegan Beyond Burger supera carne bovina em grandes supermercados

Em entrevista recente à Forbes, o fundador e CEO da Beyond Meat, Ethan Brown, revelou que o popular hambúrguer vegano superou a carne bovina em um grande supermercado no sul da Califórnia por um período de cinco semanas, que terminou em 17 de abril.

“Então, estamos vendendo mais do que carne Angus, mais do que carne bovina 80/20, mais do que carne bovina produzida a pasto, por unidade”, disse ele à Forbes. “Minha expectativa de estar no departamento de carne era simplesmente ficar e não ser jogado para fora. Eu nunca pensei em um milhão de anos que nós subiríamos rapidamente para ser o vendedor número um em termos de hambúrgueres no departamento de carnes.”

Quando o Beyond Burger foi lançado pela primeira vez em 2016, foi a primeira carne vegana a ser vendida junto nos tradicionais balcões de carne. Sua estreia, no Whole Foods Market, em Boulder, Colorado, esgotou em menos de uma hora. Cadeias como o Ralphs do sul da Califórnia, um supermercado tradicional, seguiram o exemplo, tornando os hambúrgueres veganos visíveis para os compradores de carne, ao vende-los ao lado de carne embalada.

“Fizemos uma regra que se os varejistas não o colocassem no mercado de carnes, não venderíamos para eles”, disse Ethan Brown. “Se eles colocam no setor de carnes, também podem colocá-lo onde quer que queiram, mas definitivamente tem que estar no departamento de carne.”

A estratégia funcionou.

Agora, em mais de 25.000 lojas nos EUA, incluindo Walmart e Target, a Beyond Meat vendeu mais de 11 milhões de Beyond Burgers desde a estreia dos hambúrgueres em 2016. As vendas da empresa dobraram no ano passado e devem dobrar novamente este ano, disse a Forbes. “Nosso maior problema é acompanhar a demanda”, disse Brown.

A demanda é o maior obstáculo para o mercado de proteínas à base de plantas em geral, não apenas para a Beyond Meat; a marca de hambúrgueres concorrentes Impossible Foods lançou uma nova instalação no ano passado que, quando estiver operando com plena capacidade, poderá produzir meio milhão de quilos de seus Impossible Burgers por mês. Mas isso é uma gota no oceano para grandes vendedores de hambúrguer – o McDonald’s, a maior cadeia de hambúrguer do mundo, atende a quase 70 milhões de pessoas todos os dias, cerca de 75 hambúrgueres a cada segundo.

Mas vender mais carne em um grande supermercado pode ajudar a empresa a se expandir. A empresa já recebeu duas rodadas de investimentos da principal produtora de carnes, a Tyson Foods, e obteve investimentos de Leonardo DiCaprio e Bill Gates.

No final do ano passado, a Beyond Meat anunciou o lançamento de três Beyond Sausages. A marca adotou a mesma abordagem – não apenas agora está vendendo salsichas no setor de carnes, mas também foi lançada em tradicionais sausage bars, incluindo a Schaller’s Stube em Nova York e a Wurstküche em Los Angeles.

Fonte: https://www.livekindly.co, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

9 Comments

  1. Sulivan Carnero disse:

    Essa “carne” é o futuro! Não prejudicará em nada o meio ambiente!

  2. Marise Guimarães Stiebler disse:

    Quando essa maravilha chega ao Brasil? Como posso importar?

  3. Maria Conceição Rodrigues disse:

    Já existe no Brasil?

  4. anderson duarte disse:

    Esse caminho é muito perigoso, requer atenção e imparcialidade.
    Praticamente nenhum vegano ou simpáticos a esses produtos sabem onde, quando, como é produzido a principal matéria prima destes produtos. Fica a dica para fazerem este exercício de consciência, procurar todos os prós e contras desta cadeia alimentar.
    Pois o contrario já esta sendo feito, ver os pontos negativos da produção de carne que é realmente carne. Agora vamos ver o outro lado do jogo antes de comprar uma “bela” novidade como se fosse a solução de todos os problemas.
    Faça esse exercício, você pode se surpreender!

    • Leonardo da Costa disse:

      Se olharmos demais produtos dessa mesma empresa, veremos que alguns também tem compostos de girassol e soja (não transgênica). Partindo do pressuposto que seja verdade que a soja não é transgênica, é sabido que áreas de plantio de soja ou girassol também agridem o meio ambiente, inclusive os animais, que perderam os seus habitats. Além disso, esses produtos tem os chamados flavorizantes naturais (natural flavors), muitos dos quais são obtidos a partir de subprodutos animais, ou criados em laboratórios. Recebem o título de “naturais” porque são obtidos de bases químicas naturais (por exemplo, a vida animal) e não sintéticas. Ou seja, continuam a “agredir” a vida animal. Por fim, colocar tal produto à venda junto às carnes é uma tentativa de ludibriar o consumidor. Primeiro porque não pode ser chamado de “carne” (vide dicionário). Segundo porque tendo origem e composição totalmente distintas da carne, deveria estar junto ao setor correspondente, uma vez que o consumidor estaria comprando um produto pensando ser outro. É o famoso “comprar gato por lebre”.

      • Menegatti disse:

        Já foi comprovado, e é sabido por muitos que gostam de se informar, que nada agride mais o meio ambiente e seus animais, que a pecuária. E já foi demonstrado que esse hamburguer é mais saudável(ou menos prejudicial) que o concorrente bovino. Ou seja, o “gato” é mais saudável, tanto para as pessoas e meio ambiente, do que a “lebre”.

        • anderson duarte disse:

          Não há estudos que comprovem nada, alias o que um estudo cientifico identifica, e não prova, é a condição momentânea de uma devida situação, teste ou similar. Esta prova cientifica, só é valida até a próxima provar o contrario. Então NÃO se iludam!
          Tem mais, para se comprovar alguma coisa em relação à este produto é necessário tempo, muito tempo alias. O qual nenhuma ”religião veganista” terá como produzir um de mentirinha.
          Outro fator muito importante que ocorre é justamente a utilização do soja em substituição da carne, quem quiser procurar, vai ver que o soja é altamente rico em Estrogênio, o qual vem sendo responsável por aumento de mamas em homens, só pra citar um dos problemas de tantos outros males. E ainda deveriam saber, os veganos, as quantidades extremas, muitas vezes acima do limite aceitável de venenos, agrotóxico, pesticidas, adubos sintéticos que se esta consumindo. Alem do que atinge diretamente populações humanas e animais, em cidades que produzem soja, milho, girassol, algodão (sim algodão. O que mais usa venenos e cia). O numero de pessoas com câncer, mais de 25 x mais câncer em jovens e até 800 x mais exposição à estas substancia que o permitido.

          Mas ai, apenas 2% dos veganos tem estas informações e racionalizam tais fatos (FATOS).
          INFELIZMENTE ainda é uma minoria que se informa de toda a cadeia e luta pelo que realmente importa. Deviam se preocuparem mais com o que vocês, veganos, estão comendo e deixa quem quiser comer carne que coma e cuide cada uma de suas coisas.

          Não há problema algum, comer carne ou ser vegano, podemos coexistir sem nenhum problema, desde que cada um esteja cuidando do seu e respeitando a opção do outro.
          Como digo para minha filha, que passa pela modinha e pela lavagem cerebral veganista: quer NÃO comer carne?, não coma! mas seja autentica e coma verduras, legumes, grãos que sejam naturais, Orgânicos e que se possível você mesma produza, mais não seja alguém que não sustenta nem suas próprias escolhas. Comer carne que não é carne, :/ queijo que não é queijo e por ai vai….
          Por fim, se este é o objetivo da BeefPont, levantar tais discussões neste canal, deu certo.

        • Leonardo da Costa disse:

          As agressões (propriamente ditas) aos animais não são promovidas pela produção pecuária. São executadas por pessoas irresponsáveis que exploram a atividade de forma errada. O agronegócio promove uma produção coerente, com pesquisas mostrando os efeitos positivos do bem estar animal por exemplo, ou desenvolvimento de tecnologias para utilização do esterco bovino como agente fertilizante ao invés de agente poluidor. A indústria passou por um processo de adequação ambiental e o agronegócio também passa. Ninguem é contra a produção de alimentos saudáveis e menos agressores, mas isso é um processo. Você pode (e deve) cobrar melhorias nas atividades para que sejam menos agressivas ao meio ambiente ou à saúde da população. O que não se pode fazer é sensacionalismo, inventando mentiras ou colocando o agronegócio/pecuária como o único culpado das mazelas. Tenha o bom senso de exigir, sem destruir. Promova aquilo que você acha certo com argumentos reais, sem apelar para falácias histéricas. E se o “gato” é mais saudável do que a “lebre”, venda o gato no setor de “gatos”, com nome de “gato”. Não ponha-o disfarçado entre às “lebres”.

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