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Guilherme Lourenzen: pecuária do futuro é a pecuária de resultados

No dia 5 de abril foi realizado o Beef Summit Sul, em Porto Alegre – RS. O evento foi organizado pelo BeefPoint, em parceria com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). O Beef Summit Sul reuniu nomes de sucesso do agronegócio para discutir e debater os rumos da pecuária de corte no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

No dia do evento, o BeefPoint homenageou as pessoas que fazem a diferença na pecuária de corte no Sul do Brasil através de um prêmio. Houve vários finalistas, em 19 categorias diferentes.

Os nomes foram indicados pelo público; em uma primeira etapa, através de um formulário divulgado pelo BeefPoint. Na segunda etapa, o público escolheu através de votação, o vencedor de cada categoria. Para conhecer melhor essas pessoas, o BeefPoint preparou uma entrevista com cada um deles.

Confira abaixo, a entrevista com Guilherme de Oliveira Lourenzen, um dos indicados ao Prêmio BeefPoint Edição Sul na categoria Profissional – indústria de insumos e revenda agropecuária.

Guilherme

Guilherme de Oliveira Lourenzen é natural de Porto Alegre – RS. É formado em medicina veterinária pela Universidade Luterana do Brasil – Ulbra (Canoas), 2006. É pós-graduado em Marketing em Agribusiness pelo Instituto Universal de Marketing em Agribusiness – Porto Alegre. Atua desde 2007 na empresa Azevedo Bento S.A., na função de supervisor técnico comercial.

BeefPoint: Qual o maior desafio da pecuária de corte do sul do Brasil hoje?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: O avanço da agricultura tem pressionado a pecuária de corte para zonas marginais, com isto acredito que um dos maiores desafios será manter os volumes e índices de produção em áreas reduzidas e marginais. Para competir pela terra, pecuaristas terão que investir cada vez mais em tecnologia, nutrição, sanidade e genética, só assim terão lucratividade comparada com agricultura em expansão.

BeefPoint: Qual o exemplo de pecuária do futuro no sul do Brasil hoje? Quem você admira por fazer um excelente trabalho?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Pecuária do futuro é a pecuária de resultados. Pecuária que deixa dinheiro no bolso. Na minha atividade, conheço diversos sistemas de produção, cada um com suas peculiaridades, e admiro todos que buscam fazer a diferença, que buscam resultados fazendo o “feijão com arroz” bem feito, que conseguem dentro dos seus sistemas de produção buscar diferencial frente ao mercado e agregar valor aos seus produtos.

BeefPoint: Como podemos vender a carne do sul do Brasil de forma diferente e especial, em outras regiões do Brasil e no exterior?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Devemos explorar mais a qualidade da carne de raças europeias, realizando trabalho de marketing setorial no mercado interno brasileiro. Acredito que esta seja a melhor maneira de trabalhar a carne produzida no sul, procurando atingir nichos de mercado interno e depois partir para o mercado externo. Muitas vezes as oportunidades estão à nossa frente e não percebemos. Explorar as características da carne produzida no sul, com maciez e sabor do padrão uruguaio e argentino, é o grande diferencial.

BeefPoint: Qual inovação / novidade na pecuária de corte você mais gostou dos últimos anos? O que estamos precisando em inovação?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Para mim as grandes novidades na pecuária de corte são os desafios impostos pela intensificação dos atuais sistemas de produção, que fazem produtores, técnicos e indústrias, buscarem respostas para perguntas que antes não existiam. Um exemplo são os pivôs de irrigação para pecuária de corte, onde surgem muitas dúvidas quanto a manejo, forrageiras e categoria animal a utilizar nesses sistemas. É esta pressão por maior produtividade que acho importante e que nos faz buscar altenativas a cada dia.

BeefPoint: O que o setor poderia / deveria fazer para aumentar sua competitividade no sul do Brasil?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Acredito que os setores ligados à pecuária de corte deveriam trabalhar mais integrados, sei da dificuldade de aliar os elos da cadeia, mas os ganhos seriam muito maiores se todos trabalhasem em um sistema “ganha-ganha”. Assim produtores teriam mais incentivo para investir em qualidade e o produto que chegaria ao consumidor teria melhor qualidade.

BeefPoint: O que você implementou de diferente na sua atividade em 2012?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Procurei colocar em prática as teorias aprendidas na pós-graduação que realizei. Esta atualização foi muito importante pois surgiram novas idéias, novos projetos que foram implementados em 2012.

BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Procurei estar mais próximo aos clientes, identificando demandas e buscando soluções. Esta proximidade estabeleceu uma relação de confiança, onde o trabalho e os resultados apareceram naturalmente.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E porque?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Pretendo dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado há alguns anos e intensificar ações em projetos que possuem grande potencial de crescimento e que, consequentemente resultarão em maiores resultados.

BeefPoint: Qual sua mensagem para os pecuaristas?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Invistam cada vez mais. É assim que se chega aos resultados, buscando respostas e as colocando em prática.

BeefPoint: Qual sua mensagem para a indústria frigorífica e varejo?

Guilherme de Oliveira Lourenzen: Integração. Valorizem o produto da região sul. Tem valor e qualidade.

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1 Comment

  1. Jean Carlos dos Reis Soares disse:

    Grande Guilherme Lourenzen!!! Parabéns pelo seu trabalho. Realmente temos bastante coisas para fazer pela pecuária gaúcha. Forte Abraço!!

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