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Guia sobre Manejo Humanitário é lançado nos EUA em tentativa de melhorar bem-estar animal durante abate. Confira!

Os chefes de segurança alimentar dos Estados Unidos lançaram um novo guia sobre o manejo humanitário em uma tentativa de melhorar o bem-estar animal durante o abate.

O Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desenvolveu o guia em resposta às preocupações levantadas pelo Serviço de Inspeção Geral (OIG) do USDA em maio de 2013, sobre incidentes de manejo não humanitário dos animais.

A Agência disse que o guia fornece uma série de práticas para minimizar a excitação, o desconforto e as lesões acidentais e a implementação adequada de recomendações que garantiriam um tratamento humano dos animais apresentados para abate.

Apesar de o FSIS reconhecer que não havia um requerimento regulatório para os abatedouros cumprirem com o guia, disse que seguir as diretrizes era a forma mais fácil para os abatedouros garantirem o cumprimento dos requerimentos federais de manejo humanitário.

“Tomamos medidas significativas nos últimos anos para fortalecer nossa capacidade de fazer cumprir as leis de manejo humanitário nas plantas de abate de animais em todo o país”, disse o administrador do FSIS, Al Almanza. “O guia é um exemplo de nosso compromisso com o tratamento humano dos animais. Continuamos implementando melhoras, de forma que temos o melhor sistema possível”.

A Agência disse que continuaria fornecendo treinamento de manejo humanitário aos inspetores e veterinários do FSIS, que cumprem com as medidas de bem-estar animal nos abatedouros dos Estados Unidos, e recentemente criou um cargo de coordenador do cumprimento do manejo humanitário, para inspecionar a implementação e o cumprimento diário dos requerimentos de manejo humanitário.

Baixe aqui o Arquivo completo com as recomendações do FSIS.

Comentário BeefPoint: Vale ressaltar que o manejo pré-abate é um processo que envolve, desde a preparação dos animais na fazenda para o embarque, até a sangria desses animais no frigorífico.

Neste manejo, a não utilização de boas práticas de manejo, ou seja, o excesso de agressividade provoca não só o estresse nos animais, comprometendo o seu bem-estar, mas também acarreta em uma série de “defeitos” na carne, conforme apresentado em estudos realizados pelas EMBRAPA:

  • Rigor mortis precoce, prejudicando o processamento
  • Defeitos de cor

               – escura (DFD e DCB)

               – palidez em carne PSE

               – luminosidade insuficiente em carne bovina

  • Dureza

               – dureza em carne com pH intermediário

  • Carne pegajosa
  • Excesso de perda por gotejamento

              – perda no gotejamento

              – perdas em carne PSE

  • Hematomas
  • Segurança dos alimentos
  • Má qualidade de armazenamento
  • Mortalidade e redução do rendimento

Portanto, estes prejuízos econômicos podem ser evitados com a implantação de técnicas de manejo racional, desenvolvidas através do estudo do comportamento dos animais para promover um manejo mais eficiente, que utilize características comportamentais dos animais e respeite seu universo sensorial (manejo racional), com o objetivo de minimizar agressões e estresse nos animais e humanos. Além de que é de suma importância a conscientização e treinamento de toda a equipe e demais pessoas relacionadas a atividade quanto a importância da utilização das boas práticas de manejo durante todo o ciclo de produção.

Baixe aqui o Arquivo completo com as recomendações do FSIS.

Aproveite, e clique na imagem abaixo e confira os guias técnicos desenvolvidos pelo Grupo ETCO [Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal]:

Série de manuais “Boas Práticas de Manejo” ganha dois novos volumes e traz soluções efetivas a custo zero

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Fonte: globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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