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GTPS reúne-se com o Governo Federal e discute formas de intensificar produção pecuária

Na manhã de ontem, o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) reuniu-se com Arnaldo Carneiro Filho, diretor de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, com o objetivo de debater a agenda da dinâmica territorial, com foco no Brasil, a fim de que as atividades cheguem a modelos ainda mais sustentáveis.

Na manhã de ontem, o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) reuniu-se com Arnaldo Carneiro Filho, diretor de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, com o objetivo de debater a agenda da dinâmica territorial, com foco no Brasil, a fim de que as atividades cheguem a modelos ainda mais sustentáveis.

“Grupos como GTPS são essenciais para a evolução da pecuária e do agronegócio no Brasil, pois conseguem reunir todos os stakeholders da cadeia de valor e discutir o que é o melhor a ser feito para o setor. Isso, levando em consideração questões ligadas à sustentabilidade e às demandas atuais e futuras de cada um – seja do ponto de vista de mercado, ou das exigências normativas de preservação ambiental”, afirmou Arnaldo. Segundo ele, somente ao considerar todos os interesses, analisar as oportunidades e decidir pelo melhor para a maioria e para a atividade, será possível chegar a modelos que supram as lacunas dos setores envolvidos.

Durante o encontro, foram abordados temas como a importância do mapeamento da produção e dos seus resultados anuais para a adequação de cada atividade. Esses aspectos também são determinantes para a liberação de áreas em que o desenvolvimento de outros ramos da economia é mais oportuno do ponto de vista da estrutura regional, de logística, de concorrência, etc.

Para o Relações Institucionais do GTPS, Eduardo Bastos, a reunião com o representante da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República foi extremamente positiva e trará avanços para a pecuária sustentável brasileira. “Realizamos uma interessante aproximação estratégica com o Governo Federal, além de identificarmos que a conduta proposta pelo grupo (de intensificar a atividade da pecuária para liberar áreas para outros fins) está alinhada aos interesses da Presidência”, disse. Prova disso, é o fato de que, no último dia 1°, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) indicou dois representantes para fazerem parte do grupo que reúne os principais stakeholders da pecuária nacional. “Esperamos que em breve o MAPA e a EMBRAPA possam se unir a nós também”, afirma Eduardo.

Durante a sua apresentação, Arnaldo mostrou mapas do Brasil que apontam a concentração das diferentes atividades agropecuárias no país e evidenciam como a infraestrutura interfere no sucesso dos produtores locais. “Precisamos definir quais propriedades têm capacidade de evoluir, intensificando as suas atividades e produzindo mais em menos espaço. As que não puderem responder dessa maneira deverão ser orientadas a mudar os seus cultivos de acordo com as oportunidades da sua região”, conta o diretor de Assuntos Estratégicos.

De acordo com ele, esse tipo de ação é essencial para a pecuária, que ocupa cerca de 170 milhões dos 330 milhões de hectares habitados no território brasileiro. “Se bem trabalhados, podemos liberar no mínimo 70 milhões de hectares referentes à pecuária”, completou.

O GTPS conta com o envolvimento de todos os segmentos que compõem a cadeia de valor da pecuária no Brasil, e acredita que a participação da sociedade civil também é fundamental. Participam representantes das indústrias e de organizações do setor, associações de pecuaristas, varejistas, bancos, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e universidades.

Um dos mecanismos do grupo para alcançar suas metas é utilizar princípios e critérios já existentes e aceitos, como o BPA EMBRAPA, o Rainforest Aliance-Pecuária, o Globalgap, os Performance Standards do IFC e o GRI. “Dessa maneira, o GTPS pretende pavimentar o caminho para a sustentabilidade econômica, social e ambiental da pecuária brasileira, dando a cada um desses aspectos a mesma importância”, conta Daniela Mariuzzo, vice-presidente do GTPS.

Outra diretriz do grupo é o Desmatamento Ilegal Zero combinado à criação de condições e formas de compensação. Para cumprir com isso, o GTPS irá fomentar o desenvolvimento de ferramentas e mecanismos para o monitoramento, rastreamento, produção, compra e financiamento, além de incentivos econômicos para a promoção da sustentabilidade da pecuária bovina.

Durante a reunião com o representante da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, foram identificadas semelhanças entre as iniciativas do Grupo e do Governo Federal. Agora, o GTPS está desenvolvendo uma relação de cases de sucesso entre os seus membros (indústrias, organizações do setor, associações de pecuaristas, varejistas, bancos, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e universidades) para evidenciar que é possível tornar a pecuária brasileira ainda mais sustentável, com a maior utilização de tecnologia no campo, que irá acarretar no aumento da produtividade por hectare e permitir a liberação de áreas em prol do crescimento da demanda de outras atividades.

As informações são do GTPS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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