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Governo tenta destravar aval de frigoríficos para vender à China

O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro, disse nesta quinta-feira que a Pasta ainda vem negociando com o governo chinês como sanar as inconformidades detectadas na inspeção feita por técnicos do país asiático a dez frigoríficos brasileiros em novembro do ano passado. O assunto será tratado na primeira viagem da ministra Tereza Cristina à China, agendada para maio.

A expectativa era que a auditoria culminasse na habilitação de até 78 plantas aptas a exportar aos chineses, porém o relatório apresentado por Pequim não trouxe qualquer autorização nesse sentido.

“Houve uma missão da China ao Brasil e havia um entendimento de que, se nós conseguíssemos uma boa avaliação, poderíamos, o que para a China é uma exceção, habilitar até 78 estabelecimentos de carnes bovina, de frango e suína. Essa missão encontrou inconformidades, que não são graves, mas estamos analisando com eles o que fazer para avançar nesse tema”, afirmou Ribeiro a jornalistas, após o seminário “Agricultura e Biotecnologia – Brasil e China”, organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A habilitação de mais abatedouros para exportar carnes para a China vem gerando uma disputa intensa entre as empresas com unidades “selecionáveis”. A própria ministra se irritou recentemente com a falta de integração no segmento.

O secretário ponderou hoje que, apesar de ser grande exportador de proteínas animais, o Brasil tem potencial para exportar “muito mais”, sobretudo num contexto em que a China vem sofrendo com os estragos causados pela peste suína africana. O surto pode comprometer até 20% do rebanho suíno chinês, comentou.

“A China passa por um momento muito grave, mas quem tem as maiores condições de suprir essa demanda é o Brasil. E a disposição é grande para colocar esse relacionamento em outro patamar”, acrescentou.

A respeito de barreiras comerciais impostas nos últimos anos pelos chineses às exportações agropecuárias brasileiras, o secretário disse que é preciso “relativizar” a questão, uma vez que a China é o maior país comprador desses produtos do Brasil. “É claro que temos problemas, porque nossa relação é intensa”.

Fonte: Valor Econômico.

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