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Governo argentino diz que não vai ceder à pressões

O governo de Cristina Kirchner deixou claro ontem, em declarações feitas pelo ministro de Economia, Martín Lousteau, que não vai ceder à pressão dos agricultores que exigem o fim dos aumentos aplicados nas retenções sobre as exportações de produtos agrícolas.

O governo de Cristina Kirchner deixou claro ontem, em declarações feitas pelo ministro de Economia, Martín Lousteau, que não vai ceder à pressão dos agricultores que exigem o fim dos aumentos aplicados nas retenções sobre as exportações de produtos agrícolas.

“Não recuaremos”, declarou, categórico, Lousteau. “Não aceitamos o método de bloquear as estradas por parte dos agricultores.”

Pela manhã, irritados com a presidente, os agricultores reforçaram os piquetes em mais de 300 pontos nas estradas, impedindo o trânsito de caminhões com alimentos, medida que está provocando o desabastecimento nas grandes cidades do país.

O discurso de Cristina na véspera contra os agricultores teve o efeito – segundo os próprios manifestantes – de “jogar mais lenha na fogueira”. Ela afirmou que os agricultores não passavam de “piqueteiros bem de vida”.

Enquanto o impasse continua, o desabastecimento de alimentos faz aumentar a irritação da população com o governo. Ontem à noite, nas ruas de Buenos Aires, podia-se ouvir o mesmo som da véspera: os panelaços, que protagonizaram em 2001 a queda de dois governos. Na terça-feira, depois de seis anos, os argentinos retomaram a temida forma de protesto.

O ministro da Segurança e Justiça, Aníbal Fernández, afirmou que vai garantir o livre trânsito dos caminhões que transportam alimentos. “Aqueles que não entenderem isso serão presos.”

As indústrias de laticínios suspenderam ontem o envio de seus produtos para o comércio. A carne já começa a faltar nas principais cidades do país. Frutas e óleo também já estão ausentes nas gôndolas.

As informações são do Jornal o Estado de S. Paulo.

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