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Governo argentino distribui cota Hilton

Com quatro meses de demora e um contexto de forte baixa para a carne no mercado mundial, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA) da Argentina acaba de publicar no Boletim Oficial a distribuição da cota de exportação de carnes Hilton para o período de 2008/2009.

Com quatro meses de demora e um contexto de forte baixa para a carne no mercado mundial, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA) da Argentina acaba de publicar no Boletim Oficial a distribuição da cota de exportação de carnes Hilton para o período de 2008/2009.

Segundo empresários da indústria frigorífica consultados pelo La Nación, o fato de a repartição ter respeitado os critérios tradicionais de distribuição (como volumes exportados) gerou alívio na atividade pelas versões que indicavam que o Governo pensava em mudar o modo de repartição desta cota.

Das 28 mil toneladas de cota Hilton que a Argentina tem, foram repartidas 25,2 mil toneladas que correspondem à indústria (90% do total). Alguns dos maiores destinatários foram os frigoríficos Quickfood (1842,28 toneladas), Finexcor (1774,39), Rioplatense (1484,22), Friar (1300), Gorina (1296,66), Arre Beef (1188,63), Argentine Breeders and Packers (1056,16) e Swift Armour (1056,72). Entre estes, receberam cotas extras por plantas novas Arrebeef, Swift e Pampa Natura.

Agora, só falta repartir os 10% da cota (2,8 mil toneladas) que estão nas mãos dos 30 grupos de produtores exportadores da Associação de Produtores Exportadores Argentina (APEA), o que deve ocorrer nesta semana e seguir os critérios estipulados por lei.

O setor frigorífico argentino mostrou concordância com a distribuição da cota, diferentemente dos outros anos, quando surgiram polêmicas. Isso porque o setor estava preocupado com a hipótese de o Governo mudar a forma de repartir a cota Hilton, baseando-se no desempenho exportador dos beneficiados. Isso porque funcionários da Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) e da Secretaria de Comércio Interior tinham levantado há um mês a idéia de repartir a cota por licitação ou como prêmio aos que mais vendem no mercado interno. Essa repartição da cota vale até o final do ano e, no ano que vem, pode ser estabelecido um novo sistema.

Outra preocupação dos frigoríficos são os prazos de cumprimento, já que o sistema vigente estipula que, para dezembro, se deve ter exportado pelo menos 30% do volume da cota. Com a demora na distribuição da cota e com as dificuldades do mercado internacional, os frigoríficos querem que os prazos se estendam.

Isso porque a crise financeira teve um efeito direto nos mercados de carne. Assim, a tonelada Hilton baixou de US$ 20.000 para US$ 12.000 a US$ 15.000, e o valor da carne em conserva vendida para a Rússia baixou de US$ 3.600 para US$ 2.400 a tonelada.

A matéria é do jornal La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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