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Governo argentino deve aumentar imposto sobre exportações de grãos,diz jornal

O governo argentino deve anunciar em breve um novo aumento nas retenciones (imposto sobre direito de exportação) ao trigo, milho e soja, com o objetivo de aumentar as receitas, diz reportagem do portal argentino La Política Online.

A pandemia e a extensão da quarentena causaram uma queda de 22% na receita do Estado em maio, em comparação com o mesmo período do ano anterior, diz o jornal.

A reportagem também afirma que analistas acreditam que antes de aumentar as taxas sobre direitos de exportação, o governo promoverá uma desvalorização da taxa de câmbio oficial (que é de cerca de US$ 70), para que os setores exportadores se tornem mais competitivos.

A especulação dos analistas decorre do fato de que a Lei nº 27.541, aprovada no final do ano passado, dá ao Poder Executivo a possibilidade de fixar taxas de exportação de até 33% para a soja e de até 15% sobre os cereais.

Atualmente, os produtores de trigo e milho pagam retenciones de 12%, enquanto a soja possui um esquema de segmentação (ainda não implementado) no qual a maioria dos ruralistas paga, de acordo com o volume da colheita, entre 20 e 30%.

“Ou seja, o governo nacional tem margem para aumentar em cerca de 3 pontos as retenciones de soja, trigo e milho, se considerar isso sem ter que passar pelo Congresso”, diz o portal.

Na Casa Rosada, eles acreditam que, se houver uma correção na taxa de câmbio oficial, as vendas dos produtores serão incentivadas e, portanto, a liquidação das moedas aumentará. A questão é que isso pode ser truncado se for acompanhado por um aumento nas retenciones.

Em maio, as empresas do agronegócio representadas pela Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (Ciara) e o Centro de Exportadores de Cereais (CEC) tiveram receita de US$ 1,95 bilhão com exportações, queda de 18,7% ante igual mês de 2019. No acumulado do ano, a receita gerada com essas exportações caiu 18%, para US$ 6,96 bilhões.

“O risco de um aumento nas retenções existe. Por mais que seja acompanhado por um processo de desvalorização, causará uma queda no mercado de dólares. Hedges flexíveis são os mais recomendados”, alertou um relatório privado de uma consultoria nesta semana aos produtores o país.

No momento, o governo argentino está negando um aumento nas retenciones.

Novamente segundo o portal La Políca Online, os produtores argentinos têm em silobags cerca de 20 milhões de toneladas de soja, 3,5 milhões de toneladas de trigo e 6 milhões de toneladas de milho.

Fonte: Valor Econômico.

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