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Google lança no Brasil sistema de pagamento por celular

O Android Pay, sistema de pagamentos por celulares do Google, começou a funcionar no Brasil nesta terça-feira (14). Para usar, os donos de celulares com o sistema operacional da companhia precisam baixar o aplicativo e cadastrar seus cartões. Para compras pela internet, o Google lançou há algumas semanas o “Pagar com o Google”, um concorrente do PayPal.

Na prática, o Android Pay substitui o cartão na hora de pagar por uma compra em lojas físicas. Em vez de tirar o cartão do bolso, o consumidor pega o celular e o encosta na máquina de cartão. O Brasil é o 17o país no mundo a receber o sistema, que foi lançado nos EUA em 2015.

Inicialmente, só portadores de cartões com bandeira Visa do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do banco Neon, da Brasil Pré-pagos e da Porto Seguros Cartões poderão usar o sistema. Em maio, quando anunciou que traria o Pay para o Brasil até o fim do ano, a companhia de internet também tinha colocado na lista de parceiros as bandeiras Mastercard e Elo, o Itaú e o Bradesco.

De acordo com Alessandro Germano, diretor de parcerias estratégicas do Google, as negociações com outras empresas estão em curso e Bradesco e Mastercard irão se juntar à lista em breve.

O modelo de negócios do Google não prevê remuneração pelas transações realizadas com o Android Pay. “O objetivo não é ter receita, é fortalecer o ecossistema do Android”, disse Germano. O sistema equipa 90% dos smartphones brasileiros. De acordo com o executivo, o a companhia vai lançar campanhas de marketing on-line e off-line para divulgar a tecnologia, além de estudar a criação de promoções que incentivem seu uso.

O Pay só funciona em smartphones e máquinas de cartão equipados com a tecnologia NFC (Near Field Communication), que permite a comunicação por aproximação entre dispositivos. A estimativa é que três milhões de máquinas de cartão em funcionamento no país sejam compatíveis com a tecnologia.

Entre os celulares, a estimativa é que a base instalada esteja perto de 12 milhões de aparelhos – cerca de 10% do total. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a tecnologia estava presente em quase 30% dos 30 milhões de celulares vendidos no país, segundo a GfK.

Um dos grandes desafios para a popularização dos pagamentos com NFC é a ensinar vendedores e consumidores a usarem o sistema. Por conta disso, além dos bancos, o Google apresentou redes varejistas como Casa do Pão de Queijo, Kalunga, Ipiranga, Droga Raia, Drogasil e Carrefour como parceiros no lançamento do Android Pay.

De acordo com Silvana Baldo, diretora de marketing do Carrefour, até o fim do ano, todas as 250 lojas da companhia no Brasil estarão preparadas para esse tipo de pagamento. Hoje são cerca de 130 concentradas em São Paulo e no Rio. Essas lojas também aceitam o sistema de pagamento da Samsung, o Samsung Pay. A ideia, segundo Silvana, é ajudar nas iniciativas de redução de filas e do tempo de atendimento nas lojas – que integram a estratégia de modernização da rede iniciada há dois anos.

De acordo com Rogério Panca, diretor de meios de pagamento do Banco do Brasil, uma vantagem do NFC é a redução de custos de manutenção das máquinas. A estimativa é que esse gasto tenha redução de um quarto com o uso da tecnologia, uma vez que é reduzido o desgaste de peças por conta do contato do cartão com as máquinas.

O executivo disse que na Associação Brasileira de Cartões de Crédito (Abecs) vem sendo discutidas iniciativas de padronização de práticas de uso do NFC — hoje, Rede, Cielo, Getnet e as outras do mercado têm formas diferentes de apresentar a opção desse tipo de pagamento.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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