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GO: Assocon divulga resultado do censo de confinadores

Em 2007, Goiás concentrou 875.962 animais em confinamentos, sendo 87% bois, 4,7% vacas de engorda e o restante dividido em outras categorias. Dos 518 produtores do estado, apenas 4% utilizam a BM&F como ferramenta de negociação ou hedge e 94,4% preferem negociar o valor da arroba diretamente com o frigorífico. Os dados são do 1° Censo de Confinadores de Goiás, divulgado na quinta-feira (13).

Em 2007, Goiás concentrou 875.962 animais em confinamentos, sendo 87% bois, 4,7% vacas de engorda e o restante dividido em outras categorias. Dos 518 produtores do estado, apenas 4% utilizam a BM&F como ferramenta de negociação ou hedge e 94,4% preferem negociar o valor da arroba diretamente com o frigorífico. Os dados são do 1° Censo de Confinadores de Goiás, divulgado na quinta-feira (13). Os dados foram coletados com 518 entrevistados, por meio da Agência Rural de Goiás.

O censo revelou que apenas 69% dos confinadores controlam o custo da produção; dos animais abatidos, 73% são bois inteiros e a maioria dos produtores possui outras atividades, sendo 43,7% pecuária leiteira e 28,3% plantação de milho. A pesquisa também mostrou um dado preocupante: 58% dos confinadores desconhecem o novo Sisbov (Eras).

“A tendência é levarmos a iniciativa para os outros estados”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Ricardo Merola.

A grande parte dos confinamentos é de pequeno porte, possuem até 20 currais (92,6%), com capacidade de 51 a 100 animais/curral. Este dado sinaliza que boa parte dos quase 1 milhão de animais confinados em GO estão reunidos em pouco mais de 7% das propriedades que confinam. Além disso, 74% das fazendas fazem recria, sendo 90% em pasto próprio.

O censo também indicou que a dieta é composta por milho, sorgo e farelo de soja como concentrado e cana picada, silagem de sorgo e silagem de milho como volumoso. O balanceamento da dieta não é de alto grão. A maioria usa entre 0% a 20% de concentrado e 80% a 100% de volumoso na dieta.

“Ter em mãos dados concretos sobre o confinamento em Goiás propiciará aos pecuaristas organizar melhor sua atividade, analisar mercado de forma mais precisa e programar investimentos”, afirmou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Macel Felix Caixeta.

Para o gerente de vendas da unidade da Tortuga em GO, Marcelo Teodoro zan Leishout, todos da cadeira produtiva ganham com um trabalho desse. “Trabalharemos, agora, com dados reais, que antes eram apenas estimados. A pesquisa mostrou que a atividade pecuária no estado está em pleno desenvolvimento”, salientou.

“É a primeira vez que temos uma situação tão bem estratificada e podemos avaliar, com precisão, o impacto deste setor dentro da economia de GO e o potencial da atividade de confinamento para a agropecuária da região”, comentou o diretor operacional da Assocon, Juan Lebron.

As informações são da Assocon.

0 Comments

  1. José Leonardo Montes disse:

    No meu modo de ver, um estudo deste faz da pecuaria goiana passar por um grande avanço, pois sabemos que temos um rebanho de aproximadamente 20000000 de cabeças. Com estes dados poderemos trabalhar com uma tranquilidade a mais, tanto na area de abate como em suplementação e sanidade animal.

    Parabens Assocon pelo grande feito, parabens Ricardo Merola pela grande alavanca que proporciona a pecuaria goiana.

  2. Jorge Humberto Toldo disse:

    Realmente os dados nos confirmam o que já sabemos, a maioria dos produtores rurais relutam em administrar seus ativos de uma maneira profissional. Infelizmente não conhecem seus custos e pouco sabem sobre suas normativas, pior não sabem que uma administração profissionalizada se paga por si só, sem mensurar os riscos com a desinformação. Isso acontece em confinamentos, produção intensiva, jogo rápido, imaginem na produção extensiva ao longo do ano qual seria o nível de desinformação?

    É preciso profissionalizar para não perder dinheiro e não correr riscos…

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