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Fronteira do Paraná tem a menor defesa contra febre aftosa

O controle da febre aftosa vai muito bem em várias regiões do país, entre elas Mato Grosso, Estado que tem o maior rebanho nacional. Em outras, principalmente em regiões de fronteira internacional, a situação parece não ir tão bem. É o que aponta o relatório de monitoramento sorológico do Ministério da Agricultura para avaliação da eficiência da vacinação -realizada em 2014- contra a febre aftosa na zona livre da doença, mas com vacinação.

O Departamento de Saúde Animal do ministério, com os serviços veterinários estaduais, fez estudos para avaliação da circulação viral e da eficiência da vacinação. O resultado do estudo da circulação viral será divulgado no segundo semestre.

O levantamento ocorreu em 828 propriedades, com uma amostragem de 4.270 animais. As amostras incluíram 204 propriedades de fronteira e 624 em regiões de não fronteira. A cobertura imunitária do rebanho localizado nos Estados que integram a zona livre de febre aftosa com vacinação variaram de 56,3% a 97,8%.

O menor percentual ocorreu em uma área de fronteira do Paraná e se deve à proteção contra o vírus C. Já a maior taxa de proteção está em Mato Grosso.

O estudo considerou 22 subpopulações de bovinos, divididas em três grupos. O grupo 1, classificado como excelente nível de imunidade do rebanho, incluiu subpopulações com taxa de imunidade de 90% ou mais. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Tocantins e Paraná (região de não fronteira) estiveram nessa lista. Este último Estado pretende se tornar uma região livre de aftosa, sem vacinação.

No grupo 2, que considerou taxa de 80% a 89% -satisfatória para proteção contra pelo menos dois tipos de vírus-, estão Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Rio Grande do Sul (região de fronteira) e Sergipe.

Já no grupo 3, com taxas de proteção inferiores a 80% para pelo menos dois tipos de vírus e, portanto, considerado um nível inadequado de imunidade do rebanho, estiveram Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná (região de fronteira), Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul (região de não fronteira) e São Paulo. No caso paulista, as taxas para os três tipos de vírus (O, A e C) ficaram próximas de 80%, de acordo com informações do Departamento de Saúde Animal.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirma que sua pasta vai atuar com rigor nas áreas em que não for atingido nível satisfatório de imunidade.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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