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Frigoríficos reduzem valor do boi gordo em SP; no resto do País, arroba segue estável

O alongamento das escalas de abate nas praças de São Paulo permitiram que os frigoríficos locais pressionassem para baixo os preços das três categorias de animais terminados, informam nesta quinta-feira, 19 de agosto, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Nos restantes das praças brasileiras, os valores da arroba dos animais terminados seguem estáveis, acrescentam os analistas.

Segundo a Scot Consultoria, na comparação diária, a cotação do boi gordo caiu R$ 2/@ nesta quinta-feira, para R$ 315/@, enquanto os preços da vaca e da novilha recuaram R$ 1/@, atingindo R$ 292/@ e R$ 310/@, respectivamente (valores brutos e a prazo).

Segundo a IHS Markit, as indústrias frigoríficas do interior paulista utilizam as confortáveis escalas de abate para barganhar valores menores pela compra do boi gordo.

De maneira oposta, os abatedouros atuantes no Nordeste do Brasil enfrentam dificuldade de aquisição de animais, em função da falta de confinamentos na região.

De uma maneira geral, em todo o País, os pecuaristas buscam manter os preços da arroba alinhados às máximas vigentes, tentando fazer frente aos elevados custos de nutrição.

“Há relatos de produtores que estão substituindo o milho por silagem de abacaxi e farelo de castanha”, afirma a IHS, referindo-se à explosão nos preços do cereal depois da confirmação de quebra na safrinha (prejudica pelas geadas).

Na outra ponta da cadeia, as indústrias frigoríficas continuam relatando problemas em relação ao escoamento da carne bovina no mercado interno, prejudicado pelo baixo poder aquisitivo da população brasileira.

“Os consumidores não apresentam capacidade de absorção de repasses dos custos das indústrias frigoríficas”, relata a IHS.

Sem elevações nos preços da carne no varejo, os frigoríficos são impossibilitados de oferecer valores maiores para a arroba bovina, acrescenta a consultoria.

No mercado futuro, quase todos os contratos registram quedas, refletindo o atual momento do mercado de frágil demanda por boiada gorda.

Os papeis para outubro/21 e novembro/21 recuaram, ambos, R$ 2,20, para R$ 318,90/@ e R$ 322,80/@, respectivamente.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis nesta quinta-feira.

Segundo a IHS, o setor tinha certa expectativa com uma leve reação da procura por reposição, visando abastecer o varejo durante o final de semana.

Porém, as sobras de estoque, em função do fraco consumo de proteína vermelha, inviabilizaram a operação.

“Os preços apresentam tendência baixista, por conta do excesso de oferta, em especial para os cortes do dianteiro bovino”, observa a IHS.

Estabilidade nos indicadores – Os preços do boi gordo para abate e da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo vêm apresentando relativa estabilidade ao longo de agosto, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

No caso da arroba comercializada no mercado paulista, o Indicador Cepea/B3 (Estado de São Paulo) registra média de R$ 316,20 na parcial deste mês, com ligeira queda de 0,76% frente à de julho.

A carcaça casada do boi é negociada, em média, por R$ 20,08/kg (parcial de agosto), pequeno recuo de 0,7% em relação ao valor do mês anterior.

Segundo pesquisadores do Cepea, apesar da baixa oferta de animais para abate e do ritmo ainda intenso das exportações da proteína, o consumo de carne bovina no mercado nacional limita novos reajustes positivos nos valores.

“A renda da maior parte da população brasileira está fragilizada, devido especialmente à alta taxa de desemprego e à inflação”, destaca o Cepea.

Cotações máximas desta quinta-feira, 19 de agosto, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 318/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 313/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 302/@ (à vista)
vaca a R$ 289/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca R$ 294/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 312/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 311/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 302/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 315/@ (à vista)

vaca a R$ 302/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 287/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO.

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