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Frigoríficos e siderúrgicas equilibram pressão de bancos no Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de hoje com uma leve queda, pressionado pelo desempenho das ações mais líquidas, como os bancos, mas equilibrado pela boa performance do setor frigorífico e das empresas de commodities metálicas.

O ritmo mais ameno nos negócios respondeu à falta de motivos, de um lado, para uma ampliação da exposição dos investidores na bolsa e, de outro lado, para uma realização de lucros mais intensa.

O resultado desse jogo de forças foi um Ibovespa em leve queda de 0,25%, aos 108.424 pontos, no fechamento. Apesar do viés negativo no fim do pregão, o índice se afastou da mínima do dia, de 108.080 pontos. O volume financeiro das ações do Ibovespa somou hoje R$ 11,7 bilhões, levemente abaixo da média diária dos pregões de 2019, de R$ 12,5 bilhões.

Entre as ações mais líquidas, os bancos e as instituições financeiras pesaram sobre o índice, caso de B3 (-3,48%), Bradesco (-1,44% a ON e -0,50% a PN) e Itaú Unibanco (-1,43%), enquanto companhias ligadas a commodities metálicas subiram, como se viu em Vale (1,66%), Usiminas (2,19%) e CSN (2,07%). A Petrobras também terminou no vermelho, com queda de 0,62% a ON e de 0,83% a PN.

No caso das companhias ligadas à indústria siderúrgica, o avanço do aço e o rali das ações desse segmento na China chamaram a atenção recentemente e “os fundamentos do setor devem continuar melhorando nos próximos meses, embora ainda seja muito cedo para presumir que haverá grande consistência nessa trajetória em 2020”, escrevem os analistas do J.P. Morgan. Os preços do minério de ferro na China começaram a semana em alta forte, com oitava sessão seguida de valorização — hoje, foi de 3,22% contra o fechamento de sexta-feira, a US$ 90,92 a tonelada.

Ainda nos destaques setoriais, o setor frigorífico permaneceu no fechamento na liderança do Ibovespa, com JBS (9,61%), BRF (5,93%) e Marfrig (5,33%). Esses papéis, que registram a maior valorização conjunta do Ibovespa ao longo de 2019, continuam refletindo a demanda dos investidores, considerando as expectativas fortes em relação à demanda por carne de porco na China, depois da morte de inúmeros animais por causa da febre suína africana.

As importações chinesas de carne suína subiram 113,9% em outubro em relação ao mesmo mês de 2018, segundo informações do serviço aduaneiro chinês. De carne bovina, a alta anual foi de 63,2%. Já as compras de carne de frango e miúdos congelados avançaram 64%, também em base anual. Isso reforça a tese de que ainda há mais ganhos pela frente para o setor, porque essa aquecida demanda deve prosseguir, segundo gestores — a China espera recuperar a sua oferta de carne suína em cerca de um ano.

Fonte: Valor Econômico.

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