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Frigoríficos amargaram perdas em 2016

Custos de produção mais elevados, deterioração do mercado consumidor brasileiro e câmbio desfavorável à exportação prejudicaram as ações das empresas de carnes do país no ano passado. Nesse ambiente, os frigoríficos brasileiros tiveram um desempenho bem aquém do Ibovespa – o índice se valorizou 39% em 2016.

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Entre as empresas de carnes brasileiras listadas na BM&FBovespa, a BRF teve o pior desempenho. Dona das marcas Sadia e Perdigão, a empresa líder do mercado brasileiro de alimentos processados (à base de carnes) perdeu R$ 9,1 bilhões em valor de mercado em 2016. No período, os papéis da companhia caíram quase 11% na bolsa.

Também atingida pela conjunção negativa que afetou os mercados de frangos e suínos no Brasil, a JBS perdeu R$ 2,7 bilhões de valor de mercado de 2016, e as ações registraram recuo de 3,3%.

Além do momento difícil enfrentado pela subsidiária Seara, as ações da JBS também foram afetadas pela apreciação do real, o que prejudicou não só a margem das exportações da companhia, como também a receita das operações fora do Brasil. No caso da JBS, a receitas no exterior representam mais de 85% do total.

A Minerva Foods também viu suas ações desabarem. Em 2016, os papéis da companhia caíram 8,65%. Nesse caso, os custos mais elevados para adquirir boi gordo e a exportação menos rentável – a companhia elevou a fatia de vendas no Brasil em detrimento das exportações – foram os fatores de pressão sobre as ações.

No entanto, como a Minerva fez um aumento de capital no primeiro semestre – o fundo saudita Salic investiu cerca de R$ 750 milhões para se tornar o segundo maior acionista -, o valor de mercado da empresa aumentou em R$ 360 milhões.

Na contramão, a Marfrig foi a única a registrar alta nas ações em 2016 – 4,09%. Os papéis, que patinaram na maior parte do ano, ganharam fôlego nos últimos meses com a confirmação de que as debêntures detidas pelo BNDES serão convertidas em ações e o aumento da participação do controlador, Marcos Molina.

Em nota, a empresa avaliou que a melhor performance reflete o “reconhecimento” do trabalho de gestão de dívida e o “forte desempenho” da subsidiária Keystone.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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