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Frigorífico capixaba investe em fábrica no Rio de Janeiro

Com incentivos fiscais do governo do Rio de Janeiro, o frigorífico capixaba Frisa fechou acordo nesta semana para investir cerca de R$ 40 milhões na construção de uma unidade de produtos processados no município de Niterói.

A expectativa é que a nova unidade, que produzirá itens como hambúrguer e linguiça, entre em operação no fim de 2016 e gere um faturamento entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões por ano, disse ao Valor o presidente do Frisa, Arthur Coutinho. Em 2014, a  empresa registrou receita líquida de cerca de R$ 760 milhões e  lucro líquido de R$ 19,3 milhões.

A planta de industrializados de carne bovina será a quarta unidade produtiva do Frisa, que já conta com um centro de distribuição em Niterói. Conforme Coutinho, a companhia tem três frigoríficos de bovinos, localizadas em Colatina (ES), Nanuque (MG) e Teixeira de Freitas (BA).

As duas primeiras plantas são habilitadas para exportar carne bovina para a Rússia. A empresa tem capacidade de abate da ordem 1,2 mil bovinos por dia.

De acordo com o empresário, a industrialização é o principal segmento de negócios da companhia. Atualmente, a Frisa tem capacidade para industrializar cerca de 4 mil toneladas de produtos por mês, na unidade de Colatina.

Cerca de 70% da matéria-prima demanda pela empresa é comprada de terceiros. Na nova planta, a Frisa terá capacidade para industrializar mil toneladas por mês em um primeiro momento e, posteriormente, o volume chegará a 2 mil toneladas, segundo informou Coutinho.

Fundado em 1968 em Colatina, o Frisa será a segunda empresa a realizar investimentos com incentivo do Programa Rio Carnes, disse  o secretário de Agricultura do Estado, Christino Áureo.

Similar ao Programa Rio Leite, que nos últimos seis anos atraiu investimentos de mais de R$ 450 milhões de empresas como Nestlé e Vigor, o Rio Carnes pode reduzir em até 2% o valor devido de ICMS, de acordo com Áureo. O processo de obtenção de licenças para a construção ou ampliação das unidades também é agilizado.

De acordo com o secretário de Agricultura, o incentivo fiscal oferecido pelo programa não difere muito do que acontece em outros Estados brasileiros. A vantagem do Rio é o mercado consumidor, argumentou Áureo. “Como temos um mercado interno forte, qualquer incentivo que damos é [atraente]”, afirmou.

Pouco representativo na produção nacional de gado bovino – o que não deverá mudar nos próximos anos -, o Estado do Rio de Janeiro pretende ampliar a fatia de industrializados produzidos localmente. Atualmente, o consumo de carne bovina no Rio de Janeiro é de cerca de 490 mil toneladas por ano. Mas, desse total, apenas 110 mil toneladas são produzidas no próprio Estado. “O objetivo é levar para 300 mil toneladas no horizonte de cinco anos”, disse o secretário.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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