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Fraca demanda leva à queda de preço da carne em MT

Olho na gôndola: Nos supermercados da Baixada Cuiabana, o preço da carne bovina vem recuando desde o início do ano. A fraca demanda pela proteína é o principal fator influenciador desta queda. Por outro lado, as carnes de frango e suína registraram valorizações, visto que de mar/18 a mai/18 houve crescimento de 5,53% e 13,36% nos preços destas, respectivamente. Tal condição melhora a competitividade da carne bovina, principalmente em relação à carne de frango, sua maior concorrente. No entanto, vale a ressalva de que a relação entre a carne bovina e a carne de frango ainda está acima da média histórica, sendo possível adquirir no mês de mai/18 3,95 kg de frango com 1 kg de proteína bovina. Diante disto, nota-se que, mesmo com os indicadores da economia apontando melhora na economia (PIB crescendo 0,4% no 1o trim./18), a proteína bovina tem encontrado dificuldade para registrar aumentos.

– Com a paralisação dos caminhoneiros perdurando durante boa parte da semana, o boi gordo e a vaca gorda registraram leve desvalo- rização de 0,23% e 0,33%, respectivamente, ficando cotados a R$ 129,04/@ e R$ 120,70/@.
– A dificuldade em movimentar animais pelas estradas também afetou a escala de abate dos frigoríficos do Estado, que registrou diminuição de 0,34 dia no comparativo semanal, estabelecendo-se em 5,76 dias.
– Enquanto Mato Grosso registrou queda na cotação do boi gordo, os pecuaristas paulistas observaram uma valorização de 1,22% no valor médio semanal da arroba. Com isso o diferencial de base diminuiu 1,34 p.p., atingindo -10,41%.
– Puxado pela forte valorização do traseiro com osso, o equivalente físico registrou variação positiva de 1,60% nesta semana, passando de R$ 122,85/@ para R$ 124,82/@.

CONSEQUÊNCIAS: Durante os primeiros meses de 2018, a união entre o fim da estação de monta e o ciclo da pecuária com descarte de fêmeas contribuiu para que o preço da vaca gorda se distanciasse do preço do boi gordo. A diferença entre estes dois atingiu em mar/18 o maior valor dos últimos 45 meses, com a cotação média da vaca gorda em Mato Grosso ficando 6,83% menor que a do boi gordo. Nesse mesmo mês, a participação de fêmeas no abate total atingiu o segundo maior valor dos últimos quatro anos, estabelecendo-se em 53,64% do total de animais abatidos. Embora o abate de fêmeas esteja evoluindo produtivamente no Estado, com cada vez mais novilhas (fêmeas com menos de 24 meses) sendo encaminhadas para o abate, destaca-se a força que o ciclo pecuário e a sazonalidade ainda têm sobre o preço da vaca gorda em Mato Grosso, podendo alterar totalmente o cenário de preços no Estado.

Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária.

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